Ementa: |
Debate as relações entre a educação do campo e a agroecologia, buscando destacar o papel da escola pública básica do campo na aproximação entre esses dois campos de práxis. Tal articulação é tecida a partir de duas idéias-força: o trabalho e a pesquisa como princípio educativo; a função social da escola na construção de uma ruralidade contra-hegemônica, alinhada a um modelo de desenvolvimento rural emancipatório e sustentável. O percurso de reflexão na disciplina está dividido em três momentos . O primeiro: contextualiza a agroecologia entre as diferentes escolas de agricultura ecológica, apresentando-a como crítica ao modelo do agronegócio e anúncio da agricultura sustentável; aborda os fundamentos teórico-metodológicos da agroecologia, entendida como uma ciência interdisciplinar, oriunda do diálogo de saberes populares e acadêmicos, cujo objeto são os agroecossistemas; situa os agroecossistemas como práticas sociais amparadas na legalidade da natureza e destaca o campesinato - organizado política e economicamente - como sujeitos coletivos históricos dos conhecimentos e práticas agroecológicas; esclarece sobre o caráter contra-hegemônico da agroecologia, distinta do modelo capitalista do agronegócio em suas racionalidades (sociais, culturais e econômicas) e no valor do trabalho. O segundo bloco apresenta a necessidade histórica de transformação da forma atual da escola rural, cuja matriz educativa contraria o propósito de emancipação da classe trabalhadora, fragmentando o conhecimento da realidade e os educandos do seu direito a saber para transformar o mundo. Da crítica à escola atual emerge o paradigma da educação do campo, que aborda a escola como lugar de conhecimento crítico e instrumento de mudança do real, ao recuperar , das pedagogias so cialistas e populares, o trabalho (socialmente útil) e a pesquisa como princípios educativos, visando uma formação socialmente engajada, interdisciplinar e omnilateral. O terceiro bloco recupera experiências bem sucedidas. |