| Ementa: |
A disciplina abordará processos de subjetivação que se constituem tendo, por
referência, a premissa de que não há fenômenos sociais que não sejam fenômenos
psíquicos e políticos. Serão discutidas cenas sociais, por intermédio da sociologia
clínica, em que o poder se realiza a partir de práticas, linguagens e sistemas simbólicos
que constituem o sujeito tanto em sua intimidade (no privado) como no âmbito público.
O campo da sociologia clínica se estabelece nos anos 1980, sendo principalmente
deflagrado pelas reflexões de Max Pagés, Eugêne Enriquez, Vincent de Gaulejac,
Jacques Rehaume e outros/as, e ainda hoje se redesenha sobre o debate clássico e
sempre inacabado nas ciências socais: as relações indivíduo e sociedade. Atualmente o
campo é investigado a partir de uma situação estrutural e conjuntural de mudanças no
mundo do trabalho, porém outras esferas da cultura, sociabilidade e subjetividade
também são atingidas pelos valores e racionalidades da sociedade contemporânea,
tornando-se cada dia mais seus objetos de estudo. As categorias "gênero" e "raça/etnia"
serão transversais para se refletir sobre tais processos e para se somar a novas dinâmicas
epistemológicas, conceituais e metodológicas trazidas pela sociologia clínica ao
pensamento sociológico tradicional. O foco de análise se voltará, ainda, a formas de
reexistência e transformação de sujeitos e grupos, considerados alteridades, em
sofrimento psíquico e/ou localizados à margem social, em contextos de possíveis
intervenções. |
| Referências: |
"Unidade I - Elementos históricos, culturais e epistemológicos da produção feminista que ancoram a categoria de gênero- DIERTZ, Mary G. Desde la teoria. Las discusiones actuales de la teoría feminista. In: Annual Review of Political Science, vol. 6, junio de 2003- SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. In:PARINI, Lorena. Le concept de genre : constitution d'un champ d'analyse, controverses épistémologiques, linguistiques et politique. Revue de l'Association française de sociologie. 2010. Disponível: http://socio-logos.revues.org/2468- LOUIS, Marie-Victoire. Diga-me, o que significa - gênero? In: Sociedade e Estado, Brasília, v. 21, n. 3Unidade I - Continuação...- DUARTE, Constância L. Feminismo: uma história a ser contada. In: HOLLANDA, Heloisa B. de (org.). Pensamento feminista brasileiro. Rio de Janeiro, Bazar do Tempo, 2019- SORJ, Bila. O feminismo na encruzilhada da modernidade. In: HOLLANDA, Heloisa B. de (org.). Pensamento feminista brasileiro. Rio de Janeiro, Bazar do Tempo, 2019- KELLER, Evelyn Fox. Qual foi o impacto do feminismo na ciência? In: Cadernos Pagu (27), julho-dezembro de 2006: pp.13-34http://www.scielo.br/pdf/cpa/n27/32137.pdf Unidade II - A construção da categoria de gênero- BERENI, Laure et all. Introduction aux Gender Studies. Manual des études sur le genre. Bruxelles, 2008. (Introduction)- KÜCHEMANN, Berlindes A. BANDEIRA, Lourdes e ALMEIDA, Tânia Mara C. ""A categoria gênero nas ciências sociais"" Revista CEAM, 2014.http://periodicos.unb.br/index.php/revistadoceam/article/view/14758/10603-VALLEJO, Delia Selene de D. Sociología de Género. México, UNAM, 2004. (A manera de introduccón. Sociología de género) Unidade II - continuação...- BERENI, Laure et all. Introduction aux Gender Studies. Manual des études sur le genre. Bruxelles, 2008. (Sexe et genre: construction et usages du concept de genre)- HARDING, Sandra. A instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista. In: HOLLANDA, Heloisa B. de (org.). Pensamento feminista. Conceitos fundamentais. Rio de Janeiro, Bazar do Tempo, 2019 - HIRATA, Helena et al. (org.) Dicionário crítico do feminismo. São Paulo, UNESP, 2009. (Verbetes a indicar)- GAMBA, Susana B. et al. (coord.). Diccionário de estúdios de género y feminismo. Buenos Aires, Biblos, 2009. (Verbetes a indicar)Unidade III - Os processos identitários e de subjetivos da construção de gênero, raça/cor/etnia e classe social- LORDE, Andre. Idade, raça, classe e gênero: mulheres redefinindo a diferença. In: HOLLANDA, Heloisa B. de (org.). Pensamento feminista. Conceitos fundamentais. Rio de Janeiro, Bazar do Tempo, 2019- CRENSHAW, Kimberlé. W.Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. University of Califórnia - Los Angeles. Florianópolis, Eestudos Fdministas No. 171: 1/2002- CRENSHAW, Kimberlé W. Cartographies des marges: intersectionnalité, politique de l´identité et violences contre les femmes xde couler. In: FOURGEYROLLAS-SCHWEBEL, Dominique et. al. Feminisme(s) Pensér la pluralité. Cahiers du Genre, no. 39. Paris. L´Harmattan, 2005.- SPIVAK, Gayatri. Quem reivindica alteridade? In: HOLLANDA, Heloisa B. de (org.). Pensamento feminista. Conceitos fundamentais. Rio de Janeiro, Bazar do Tempo, 2019- COLLINS, Patrícia H. Pensamento feminista negro: o poder da autodefinição. In: HOLLANDA, Heloisa B. de (org.). Pensamento feminista. Conceitos fundamentais. Rio de Janeiro, Bazar do Tempo, 2019 Unidade III - continuação....- HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça. Interseccionalidade e Consubstancialidade das relações sociais. Disponível:file:///D:/Usuario/Downloads/84979-Texto%20do%20artigo-119184-1-10-20140926.pdf- ANZADÚA, Gloria. La consciência de la mestiza/Rumo a uma nova consciência. In: HOLLANDA, Heloisa B. de (org.). Pensamento feminista. Conceitos fundamentais. Rio de Janeiro, Bazar do Tempo, 2019- CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra Na América Latina a partir de uma" |
