As cidades necessitam desenvolver trabalhos de reabilitação dos espaços, voltados à tutela das grandes áreas livres que ainda possuem, recuperando as periferias, valorizando o seu patrimônio histórico-arqueológico, reestruturando e ampliando a rede urbana. Necessitam ainda uma atividade projetual mais atenta aos lugares, que procure elementos de coerência com a paisagem circundante e com a parte da cidade na qual se intervém. Em um projeto de reabilitação, deve-se trabalhar com critérios de qualidade setoriais, tais como uso do solo, configuração espacial e arquitetônica, circulação viária e estacionamento. O controle da qualidade ambiental consta na Constituição como incumbência do poder público, juntamente com a promoção da conscientização social para a defesa do meio ambiente. Leis federais, constituições estaduais, leis municipais, decretos, normas e portarias abrigam dispositivos que determinam, em escalas variadas, a obrigatoriedade do controle da qualidade ambiental. A qualidade ambiental associa o conforto dos seres humanos ao desenvolvimento sustentável dos recursos naturais e o controle dos resíduos. Aplicado à arquitetura, este conceito supõe a incorporação de novas exigências em todo o processo construtivo, alterando a atuação dos profissionais e usuários. A reabilitação térmica e energética de edifícios constitui uma das vias mais promissoras para a correção de situações de inadequação funcional, proporcionando a melhoria da qualidade térmica e das condições de conforto dos seus habitantes, permitindo reduzir o consumo de energia para aquecimento, resfriamento, ventilação e iluminação, contribuindo também para o objetivo estratégico de redução das necessidades energéticas do País e possibilitando, em muitas situações, a correção de certas patologias e da degradação do aspecto nos edifícios. Muitos edifícios exigem intervenções de fundo que visam melhorar as suas características de habitabilidade, e tendo praticamente todos eles sido construídos antes da existência de normas, apresentam uma deficiente qualidade, que se traduz, essencialmente, em envolventes insatisfatórias. Os danos advindos da falta de conservação são enormes, especialmente, os materiais, as perdas financeiras e, em alguns casos mais graves, o risco de perdas ambientais e de vidas. Quando a necessidade de restauro passa a ser obrigatória, as perdas materiais estão consumadas, bem como as perdas energéticas e, em muitos casos, a reposição de partes da edificação só será possível à custa da introdução massiva de energia nos processos construtivos e, portanto, a um elevado custo humano e financeiro. A capital federal e outros sítios históricos estão inscritos na lista de bens considerados como patrimônio da humanidade pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura e são constituídos, fundamentalmente, por edifícios públicos e imóveis funcionais, sob administração federal. Conservar este patrimônio é antes uma obrigação de entidades civis, da sociedade civil organizada e dos governos distrital e federal que simplesmente uma imposição legal. Para tanto, é necessária a percepção da importância da proposta urbanística da cidade, do feito de sua própria construção, de sua história e do que esta representa para o país e também para a humanidade. Preservar é atuar no sentido de garantir a conservação e a autenticidade das edificações e dos ambientes que as abriga, quer dizer reabilitar as relações de escala, os espaços urbanos, seus usos, além da preservação daquilo que não é material, mas que se construiu ao longo dos anos e que se afirma como tradição e costume local configurando seu patrimônio imaterial. Este curso objetiva capacitar profissionais para reabilitar o pensar arquitetônico e urbanístico existente, a partir da melhoria da qualidade dos espaços públicos e privados e de suas relações.
Dia 28/08/2023
08h00 as 10h00 - credenciamento e bate papo com os organizadores10h00 as 13h00 - sessão temática sobre conceituação da reabilitação ambiental sustentável14h00 as 16h00 - sessão temática sobre Princípios de Sustentabilidade para a Reabilitação de Assentamentos Urbanos16h00 as 18h00 - sessão temática sobre Estratégias Bioclimáticas de Reabilitação Ambiental Adaptadas ao Projeto18h00 as 20h00 - Palestra Infraestruturas verdes e mudanças climáticas em Portugal com o professor da Universidade Lisboa: José Carlos Ferreira
Dia 29/08/2023
08h00 as 10h00 - Mesa Rendona com debates e discussões10h00 as 13h00 - sessão temática sobre Sensoriamento Remoto Aplicado à Análise Ambiental e Urbana14h00 as 16h00 - sessão temática sobre Princípios de Sustentabilidade para a Reabilitação de Assentamentos Urbanos16h00 as 18h00 - sessão temática sobre Simulação do Microclima Urbano18h00 as 20h00 - sessão temática sobre Certificações e Eficiência Energética
Estudantes de Arquitetura e Urbanismo e Engenharias
Pesquisadores nas áreas de Arquitetura e Engenharias
Não há fotos cadastradas para esta ação
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - app37.sigaa37 v4.9.10.125