As mudanças climáticas decorrentes do modelo hegemônico de desenvolvimento, tem gerado impactos socioambientais sem precedentes (IPCC, 2023), os quais tem causado sérias repercussões à saúde das populações, em especial à saúde dos povos indígenas, bem como a degradação de todos os biomas. Isto tem conduzido cada vez mais a desastres e emergências sanitárias, bem como tem constituído fatores determinantes das condições de saúde das populações, notavelmente as populações indígenas. Estes processos tem também levado à elevação expressiva de migrações climáticas/ambientais e imputado novos desafios ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, cujas lacunas são ainda expressivas. Isto posto, este projeto busca revelar os impactos das mudanças climáticas na situação de vida, saúde e migrações das populações indígenas situadas nos distintos biomas no Brasil, por meio de extensão articulada à educação permanente. Assim, visa elucidar os referidos impactos a partir dos olhares indígenas e trazer à luz os saberes ancestrais acerca das estratégias de proteção ambiental articuladas à promoção do bem-viver. Trata-se de projeto de extensão, que será realizado com base no método do PVP (HOEFEL, 2020), cartografia social e história oral, desenvolvidos de modo articulado à educação permanente. Será realizado com comunidades indígenas situadas em áreas adscritas dos DSEIs localizados nos 06 biomas brasileiros. Serão incluídos territórios vinculados a 05 DSEIs situados no bioma Amazônia e 01 Território Indígena situado em cada um dos demais biomas, evolvendo outros 05 DSEIs. Em cada área serão realizadas as atividades com as comunidades indígenas e a capacitação dos profissionais da rede SASI/SUS, em um processo dialógico que envolve a produção coletiva do conhecimento, a promoção do empoderamento dos sujeitos e a qualificação do sistema, favorecendo a articulação entre as políticas de saúde, proteção ambiental e direitos humanos. Ele será desenvolvido em conjunto entre a Universidade de Brasília, a Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal do Amazonas, Universidade Federal do Pernambuco e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em parceria com a Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde e com o Movimento Indígena, por meio de estudantes indígenas representantes de seus respectivos Povos e comunidades.
estudantes indígenas e nao indígenas
membros de comunidades indígenas; profissionais de saúde e gestores vinculados à Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde, DSEIS/Pólos-Bases; lideranças do Movimento Indígena; gestores públicos;
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