A Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER) foi construída em 2003 graças a um amplo debate nacional que incluiu a participação da sociedade civil, movimentos sociais, academia e poder público. Em 2010 foi regulamentada pela Lei 12.188/2010 e regida pelos princípios da agroecologia, a abordagem territorial,a interdisciplinaridade e a intersetorialidade. Durante esse período de tempo de implementação da PNATER favoreceu a estruturação de redes de organizações prestadoras do serviço de assistência técnica e extensão rural nos diferentes biomas brasileiros, a rede de professores de extensão rural, como também redes de Núcleos de Estudos em Agroecologia (NEAs). Também fazem parte importante na formulação e implementação da PNATER a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) e a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). Esse conjunto de organizações avançaram significativamente nas ações de extensão rural sob a perspectiva agroecológica, no entanto ainda é necessário ampliar a cobertura dessas ações e, principalmente, acelerar o processo de transição agroecológica que responda aos desafios atuais no Brasil, sobretudo relacionados com as mudanças climáticas, a segurança alimentar e nutricional e as desigualdades no acesso a bens, serviços e renda de um contingente significativo de habitantes do campo. Sob esse contexto o fortalecimento das capacidades das equipes que oferecem os serviços de extensão rural é fundamental, como também a participação da Universidade na atualização de conteúdos que se adequem às realidades atuais.
No DF existem um conjunto de experiências inovadoras que se aproximam em maior ou menor medida aos princípios agroecológicos. Essas famílias mais próximas da agroecologia lideram esses processos de transição pela convicção da importância de sua contribuição na produção de alimentos saudáveis e adequados para a sustentabilidade dos ecossistemas, a segurança alimentar e nutricional e a transição para sistemas alimentares sustentáveis. Também, muitas delas, gostariam de avançar de maneira mais decidida nesse processo de transição, mas precisam de apoio das políticas públicas, sobretudo, do serviço de extensão, vetor chave dessa mudança.
Um elemento chave para a transição e o acesso a informações de maneira oportuna e relevantes para a tomada de decisões. Nesse sentido, o Centro de Gestão e Inovação da Agricultura Familiar (CEGAFI), desenvolve duas iniciativas que visam gerar capacidades para a inclusão digital, como também, coletar, sistematizar e disponibilizar informações úteis sobre sistemas alimentares na região Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE-DF). O Observatório de compras institucionais busca diagnosticar o cenário de comercialização de alimentos produzidos pela agricultura familiar, com uma análise aprofundada dos indicadores de oferta e demanda dos municípios, especialmente em relação ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A segunda iniciativa, Letramento Digital, consiste numa infraestrutura de aprendizado, qualificação e experimentação para criar e operar plataformas de serviços e processos integrados de informações digitais, controladas e geridas por entidades comunitárias e organizações produtivas locais, com a implementação da gamificação.
Interessa nesta roda de conversa refletir sobre ajustes que poderiam aprimorar o serviço de assistência técnica e extensão rural para orientar os processos de transição agroecológica e como as inovações na gestão de plataformas digitais, como nas estratégias de letramento digital, sobretudo com jovens rurais, podem contribuir nessa transição.
Por fim, é importante mencionar que esta ação de extensão faz parte do projeto de extensão "Fortalecimento de capacidades para a extensão rural sob os princípios da agroecologia, relaizadoa em parceria com o projeto ERA -Extensão Rural e Agroecologia. Para a esta atividade a ser realizada na semana universitária, somam-se a essa parceria o Núcleo de Extensão e Pesquisa em Agroecologia (NEA) e o CEGAFI/FUP.
Horário
Atividade
14:00 - 14:15
Chegada e acolhida dos participantes
14:15 - 14:30
Boas vindas e dinâmica de apresentações ( começa o jogo ! - primeira etapa)
14:30 - 14:45
Explicação do painel com a descrição dos projetos (FAV e Cegafi) - Conexões e sinergias
14:45 - 15:15
Primeira rodada de conversas - percepção sobre a produção, distribuição e acesso dos alimentos no RIDE-DF; percepção sobre a qualidade dos alimentos
15:15 -15:30
Continua o jogo (segunda etapa)
15:30 -16:00
Segunda rodada de conversas - Como avançar para a transição para sistemas alimentares sustentáveis? Experiências, aprendizados
16:00 - 16:30
Lanche com comida de verdade
16:30 - 17:15
Continua o jogo (terceira etapa)
17:15 -17:45
Terceira rodada de conversas - Como os serviços de extensão rural podem contribuir na transição para sistemas alimentares sustentáveis
17:45 -18:00
Entrega de prêmios aos vencedores do jogo
Estudantes da faculdade de agronomia e veterinária da UnB, da FUP e de outros cursos com interfaces no tema da agroecologia, a sustentabilidade, a inovação e a segutança alimentar e nutricional
População do campo, da floresta e das águas com especial atenção aos jovens rurais que tenham experiência nos processos de transição agroecológica. Extensionistas rurais que atendam a famílias agricultoras na região da RIDE-DF
Não há fotos cadastradas para esta ação
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - app30.sigaa30 v4.9.10.128