SIGAA - Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas

Visualização da Ação de Extensão

Ação de Extensão
Título:	NÚCLEO EXPERIMENTAL EM MOVIMENTO
Ano:	2023	Nº Bolsas Concedidas:	0	Nº Discentes Envolvidos:	7	Público Estimado:	200
Período de Realização:	14/04/2023 a 15/12/2023
Área Principal:	CULTURA			Área do CNPq:	Lingüística, Letras e Artes
Unidade Proponente:	DEPTO ARTES CÊNICAS			Unidades Envolvidas:
Tipo:	PROJETO
Municípios de Realização:	BRASÍLIA - DF BRASÍLIA - DF BRASÍLIA - DF
Espaços de Realização:	campos Darcy Ribeiro plataformas virtuais Casa América Latina
Fonte de Financiamento:	AÇÃO AUTO-FINANCIADA
Responsável pela Ação:	GISELLE RODRIGUES DE BRITO
E-mail do Responsável:	gisellebrito@unb.br
Contato do Responsável:	(61) 98112-9161
Url da Acão:	https://sigaa.unb.br/sigaa/link/public/extensao/visualizacaoAcaoExtensao/8227

Resumo

O NEM - Núcleo Experimental de Movimento, criado desde 2006, é coordenado pela profa. Doutora Giselle Rodrigues e pelo mestre em Artes Cênicas Luiz Felipe Leal - Lupe Leal. Investiga procedimentos de criação cênica na linguagem do movimento, relacionando-se, sobretudo ao teatro e à dança e tem como proposta estimular a formação, o treinamento e a pesquisa teórico-prática de alunos da graduação e pós-graduação em Artes e de outros cursos da Universidade de Brasília. A proposta conta também com a participação de convidados artistas da comunidade, muitas vezes ex-alunos da própria UnB, bem como bailarinos, bailarinas, atores e atrizes de outras instituições, interessados na pesquisa. O projeto quer oportunizar o exercício criativo de jovens inquietos em buscar respostas artísticas e existenciais, contribuindo assim para uma formação sensível, crítica e reflexiva na formação. Valoriza a diversidade e a transdisciplinaridade acolhendo universitários de diversas áreas de conhecimento como filosofia, dança, arquitetura, artes visuais e circo em processo formativo. O NEM também investe na produção de espetáculos e performances, considerando este um caminho de formação profissional que engaja os jovens, preparando-os para lidar com toda a cadeia da produção e difusão de um material artístico. O NEM apresenta três frentes principais de trabalho: formação, pesquisa e produção. 1. Produção de espetáculos de dança e teatro, com foco na poética do movimento, resultantes das pesquisas realizada em parceria com artistas profissionais da cidade e participação de estudantes. Com perfil mais profissional, visa a criação e difusão da produção artística em circuitos de festivais, mostras, eventos de intercâmbio, congressos e realização de temporadas. Essa frente, propõe também estimular os participantes mais novos do projeto a percorrerem a cadeia produtiva que envolve a apresentação de um espetáculo, desde de sua elaboração artística - desenvolvimento criativo do espetáculo, encenação, produção de figurino, cenário, trilha sonora, etc, até o processo de elaboração de projeto para captação de recursos, reserva de pautas, divulgação e apresentação. 2. Núcleo de estudo e investigação prática sobre processos criativos em poéticas do movimento, com uso especialmente dos princípios da Prática Aisthesis e abordagens somática do movimento, além de estudos teóricos. Esse núcleo objetiva incentivar a autonomia criativa dos participantes (estudantes da UnB e de outras instituições) por meio do contato, conhecimento e experimentação coletiva de recursos e metodologias de criação diversas, com intuito de, também, estimular o desenvolvimento de caminhos criativos próprios para descoberta de poéticas singulares de cada participante. A Prática Aisthesis é uma prática artística improvisacional elaborada dentro do projeto Aisthesis, entre os anos de 2014 e 2018, a partir da iniciativa de seis artistas de Brasília, dentre eles, Giselle Rodrigues, Édi Oliveira, Francis Wilker, Kenia Dias, Glauber Coradesqui e Jonathan Andrade, que envolve dança, teatro e performance. O projeto teve patrocínio do “Rumos Itaú Cultural” e Fundo de apoio a Cultura do DF” e trazia como interesse investigar procedimentos de criação, inicialmente a partir de encontros livres de planejamento entre eles e, posteriormente, com o público. O modo como os encontros foram desenvolvidos entre os artistas e o público, permitiu delinear princípios de prática cênica coletiva, que constituíram a Prática Aisthesis, se tornando essa, objeto de pesquisa de doutoramento de Giselle. Os princípios encontrados foram: iniciar sem um “como” já estabelecido; não combinar tarefas específicas a serem realizadas em cada encontro; não estabelecer nenhum tipo de roteiro nem linhas de ações a priori; ser uma prática atemática, e como consequência ser improvisada, sem a intenção de fixar o que surge; deixa-se instaurar um livre fluxo de ações, sem a finalidade de buscar eficiência, buscar unidade ou compor de forma deliberada, além disso, toma-se o perceber e o agir pelos sentidos como disparadores e mobilizadores do fluxo. 3. EPA – Encontros de Práticas Abertas – é a ação de promoção de ensaios e oficinas abertas oferecidas e promovidas pelo NEM à comunidade em geral. As oficinas visam o compartilhamento de técnicas e procedimentos artísticos de criação entre integrantes do NEM e pessoas diversas, podendo ser artistas e/ou estudantes, não só da área de teatro e dança, ampliando-se para outras linguagens artísticas. Os EPAs podem assumir várias propostas e formatos diferentes, mas sempre em torno das metodologias de criação experimentadas no NEM. A proposta do NEM, agrega também discussões e debates sobre métodos de composição na dança-teatro, que serão atravessados por reflexões e teorias dos campos diversos da arte da cena enfatizando o valor da interdisciplinaridade artística. Como suporte teórico e audiovisual, são abordadas diversas poéticas de artistas nacionais e internacionais como: Pina Baush, Marcelo Evelin, Dudude Hermman, Peeping Tom, Lia Rodrigues, Ohad Naharin, bem como ideias com base nas pesquisas sobre processos criativos de Cecília Salles, inventividade de Virgínia Kastrup, subjetividades de Suely Rolnik, experiência sob o olhar de Jorge Larossa, dentre outros. O foco teórico dessa ação reforça nossa preocupação em gerar dinamismo e reincidências de nossas “grafias poéticas”, partilhando e trocando nossos estudos sobre o fluxo do movimento. A preocupação e o lugar de origem das criações são premissas que visam salutar o conjunto de tarefas que serão organizadas pela: Sensibilização (preparo corporal), improvisação/expressão criativa (condução dos estímulos/prática Aisthesis) e considerações resultantes; seleção e coleta de material/imagem e análise do desenvolvimento dos conteúdos. Sob a perspectiva do NEM, o corpo é compreendido em seu potencial como lugar de fala, expressão, poética, catarse e reverberação em seu contexto, sócio-político e cultural. Pretende-se pensar sobre esse corpo, seus circuitos e estados corporais: “Das relações entre sensação, percepção e ação começam a nascer os movimentos dançados, providos de imagem e memória, desabrochando-se em uma criação em dança” (LOBO, Lenora; Navas, Cássia. Arte da Composição. Ano 2008). Lobo (2008,p. 86) “Fluxo apesar de forma, não é ponto final: é fluxo corrente no espaço-tempo, evoluindo, cristalizando-se a cada nova encenação” Além dessas ações, o N.E.M realiza parceria com Festivais de teatro e dança locais e projetos com grupos e coletivos da cidade através de atividades como a promoção de palestras, mediações de espetáculos, residências etc. Palavras-chave: Artes Cênicas, teatro, dança, educação, processo inventivo

Públicos Alvo

Interno:

comunidade acadêmica

Externo:

bailarinos/ bailarinas, atores/atrizes, coreógrafas e coreógrafos, diretoras e diretores de trabalhos cênicos, jovens interessados em Artes Cênicas com foco na arte do movimento.