Course Pedagogical Project

O profissional de Engenharia de Energia formado pela Universidade de Brasília detém visão sistêmica para tratar das questões contemporâneas relativas aos processos inerentes à cadeia produtiva da energia. Tais questões englobam a conversão, transformação, geração, armazenamento, conservação, transporte, distribuição e uso final de energia, do mesmo modo que a gestão e uso eficiente dos recursos energéticos, e atividades ambientais, econômicas e sociais no âmbito da sua gestão ambiental. Esse Engenheiro de Energia deve possuir sólida formação de base, com domínio das teorias e tecnologias referentes aos sistemas energéticos com competências que tratam de temas a respeito de meio ambiente, gestão, economia, planejamento e humanidades para a construção desta visão sistêmica. 

O curso de Engenharia de Energia tem como prioridade capacitar o profissional com os conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais, que possuem sintonia com o Art. 4º, da Resolução CNE/CES N° 2 de 2019, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia:

• Formação em disciplinas básicas para engenharia buscando uma visão holística e humanista, ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético e com forte formação técnica;  Estar apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias nas áreas de termodinâmica, dinâmica dos fluidos e circuitos elétricos associados aos sistemas de conversão, transformação e armazenamento de energia com atuação inovadora e empreendedora;

• Capacidade de atuar em equipes de trabalho com perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em resolução de problemas com as mesmas características;

• Capacidade de avaliar os impactos das atividades da engenharia nos aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e saúde no trabalho;

• Ser capaz de reconhecer as necessidades dos usuários, formular, analisar e resolver, de forma criativa, os problemas de Engenharia de energia, aliando os seguintes conhecimentos:

– Conhecimentos de Capacidade para avaliar os recursos renováveis para a geração de eletricidade (hídrico, eólico, solar e biomassa);

– Conhecimentos dos sistemas de geração de eletricidade (hidroelétrica, termoelétrica, solar fotovoltaica, eólica, etc.);

– Conhecimentos dos sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica;

– Conhecimento sobre a cadeia de produção, distribuição e uso de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão mineral) e de biocombustíveis;

– Conhecimentos dos aspectos gerenciais (gestão, planejamento e regulação) e comerciais vinculados ao setor energético;

– Conhecimentos em conservação de energia e desenvolvimento sustentável associados aos sistemas energéticos;

– Conhecimentos em sustentabilidade e uso eficiente de energia em prédios residenciais, comerciais e industriais;

– Capacidade para conceber, projetar e coordenar projetos e serviços de engenharia;

– Capacidade de comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica.

Além desses conjuntos de componentes curriculares, alguns componentes possuem característica integradora e de alta multidisciplinaridade, e foram definidas como pertencentes ao conjunto de Conteúdos Transversais e Interdisciplinares, em que é determinada a obrigatoriedade de quatro trabalhos de síntese e integração dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso de graduação. Tal síntese é o alicerce para a construção da visão sistêmica do discente do curso, onde o mesmo aprende as interligações entre processos energéticos de modo tal a visualizar a cadeia produtiva da energia não de forma estanque, mas sim de forma ampla. O projeto de final de curso, chamado de Trabalho de Conclusão de Curso 1 e 2, é desenvolvido durante dois períodos letivos (9º e 10º semestres). Já os componentes de Projeto Integrador de Engenharia 1 e 2 possibilitam ao estudante a participação em projetos e atividades que permitam ao estudante a síntese dos conceitos e competências adquiridos até o momento. O objetivo é fomentar a integração entre discentes e docentes da FGA, pela flexibilização e o diálogo entre os 5 cursos de engenharia da FGA, possibilitando a multi e interdisciplinariedade (entre engenharias). A formação livre, representada através dos componentes eletivos, constitui de atividades/disciplinas desenvolvidas pelo estudante com base em seus interesses pessoais, que não fazem parte das atividades do ciclo básico (isto é, comuns às engenharias), nem das profissionalizantes, nem das complementares/optativas, nem das integradoras. Podem ser cursadas em qualquer um dos campi da Universidade de Brasília. Além dos componentes curriculares, a carga horária pode ser distribuída em diferentes atividades geradoras de carga horária, como: participação em eventos; monitoria; iniciação científica; docência e extensão; estágio não supervisionado; projetos multidisciplinares; visitas técnicas; trabalhos em equipe; participação em empresas juniores; entre outras. As atividades podem abranger programas como: o Programa de Iniciação Científica (PIBIC), que tem por objetivo despertar a vocação científica e incentivar novos talentos potenciais entre estudantes de graduação, mediante sua participação em projetos de pesquisa; Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), que tem como principais objetivos: a) investir com a ação planejada e avaliada da extensão no processo de formação acadêmica do estudante de graduação; b) estimular professores a engajarem estudantes de graduação nas ações de extensão, c) possibilitar aos bolsistas novos meios e processos de produção, inovação e transferência de conhecimentos, permitindo a ampliação do acesso ao saber e o desenvolvimento tecnológico e social do País; ou Programa de Educação Tutorial (PET), que tem o objetivo de melhorar a qualidade do ensino de graduação oferecendo uma formação acadêmica de excelente nível. Este é um programa de caráter tutorial formado por um grupo composto de um tutor e doze bolsistas. Todos estes programas preveem bolsas remuneradas; comprovante de participação como voluntário nos programas PIBIC e PIBEX, além da concessão de carga horária eletiva. A integralização destas atividades no histórico escolar é dependente da submissão e aprovação do Colegiado de Graduação da FGA. Os currículos dos cursos são hierarquizados com pré-requisitos (uma ou mais disciplinas, cujo cumprimento dos créditos é exigido para matrícula em nova disciplina), co-requisitos (a exigência de cursar uma ou mais disciplinas simultaneamente com outras no mesmo semestre letivo, por interdependência de conteúdos), e pré-requisitos recomendados (para cursar determinada disciplina é recomendável que tenha cursado uma ou mais disciplinas).

A Avaliação Institucional consiste no acompanhamento das atividades desenvolvidas na instituição de ensino dentro de uma abordagem construtiva, visando à análise e ao aperfeiçoamento do desempenho acadêmico. A Comissão Própria de Avaliação (CPA), instituída pela Lei 10.861/2004, é a comissão responsável por coordenar os processos de avaliação interna das Instituições de Ensino Superior e pelo fornecimento de informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Anualmente a CPA da UnB elabora um Relatório de Autoavaliação Institucional, com informações sobre as dez dimensões de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), constituindo-se como instrumento para o planejamento da gestão e desenvolvimento da educação, em articulação com as diretrizes da Comissão Nacional da Educação Superior (CONAES). Por meio da autoavaliação institucional, a UnB analisa suas ações, avalia seus desafios e busca mecanismos para servir melhor a comunidade. É um processo utilizado pela Universidade para reflexão coletiva e, diagnóstico a respeito do conjunto de atividades institucionais, o que resulta em subsídios para a tomada de decisão e a definição de prioridades, bem como aprimoramentos e mudanças de trajetória. Dessa forma, o processo avaliativo carrega um sentido tanto formativo quanto construtivo, pois, à medida que a UnB pratica a reflexão, adquire conhecimentos, fortalece a visão a respeito das atividades avaliadas e subsidia mudanças em prol de melhorias. Os principais instrumentos utilizados pela CPA para a avaliação dos cursos da UnB estão:

• Instrumentos de Avaliação Interna;

• Avaliação Discente;

• Consulta à Comunidade Acadêmica: Discente, Docente e Técnico;

• Instrumentos de Avaliação Externa; • Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação presencial e a distância;

• Instrumento de Avaliação Institucional.

• Fórum de Avaliação da Comissão Própria de Avaliação da UnB (AVAL).

Na UnB, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UnB foi instituída para conduzir os processos de avaliação internos da instituição e realizar a sistematização das informações. Os institutos, faculdade e departamentos da Universidade recebem relatórios com resultados das pesquisas socioeconômicas relativas aos estudantes, evasão, avaliação de disciplinas e dos docentes feitas pelos discentes, entre outros. Tais informações são importantes para o acompanhamento e diagnóstico do curso dentro de um processo permanente de avaliação. Ao final de cada semestre letivo, com o apoio institucional da UnB , é realizada junto aos alunos a avaliação das disciplinas cursadas e dos professores que as ministraram. Alguns dos aspectos avaliados pelos alunos são: programa da disciplina, desempenho do professor, autoavaliação do aluno e satisfação com a disciplina e com o suporte à execução da disciplina. Esses dados coletados são tratados estatisticamente e depois enviados aos departamentos na forma de relatórios individuais por disciplina. Em particular, o NDE do curso de Engenharia de Energia tem trabalhado com uma comissão responsável pelo projeto CPA Itinerante. O Projeto CPA Itinerante foi criado com o intuito de ampliar o contato da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UnB com as unidades acadêmicas da Instituição. Neste projeto, a CPA visitará as unidades e disponibilizará estudos relacionados à retenção, à evasão e a egressos (área de atuação do egresso, empregabilidade no setor formal, rendimentos dos recém-formados, rendimento dos egressos com mais de cinco anos de atuação no mercado e localização geográfica). O NDE do curso poderá utilizar as informações disponibilizadas pela CPA, para conduzir os trabalhos de acompanhamento contínuo da estrutura curricular do curso, e para propor ações pedagógicas e administrativas de forma a atender o PPC.

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