COMPLEXIDADE ECONÔMICA E MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE DE COMO AS DESIGUALDADES SE MATERIALIZAM NO TERRITÓRIO
Desenvolvimento regional. Complexidade econômica. Estrutura produtiva. Mercado de trabalho
Ao considerar as disparidades regionais como uma das formas pelas quais a desigualdade se materializa, o objetivo principal nesta tese é analisar a dinâmica regional brasileira em termos da estrutura produtiva e do mercado de trabalho. A pesquisa se desenvolve utilizando o arcabouço teórico do estruturalismo e elementos da literatura de complexidade econômica, enfatizando pontos de convergência que contribuem para o entendimento do desenvolvimento regional. A partir de dados do mercado de trabalho formal, o Índice de Complexidade Econômica (ICE) proposto por Hidalgo e Hausmann (2009) é adaptado, visando capturar melhor a dinâmica interna da economia brasileira. Dessa forma, Índices de Complexidade Econômica Regional (ICE-r) são propostos e calculados, e estas medidas são utilizadas para mensurar a estrutura produtiva de entes subnacionais. O recorte temporal compreende os anos de 2007 a 2020 e as investigações empíricas abrangem as unidades da federação, as mesorregiões e as microrregiões brasileiras. A partir do ICE-r, esta pesquisa tem como investigação norteadora o entendimento de como as desigualdades se materializam no território, com foco na estrutura produtiva regional, mas também buscando compreender em que medida o nível de complexidade econômica tem relação com as condições do mercado de trabalho