ALUNOS ADULTOS INICIANTES E TENSÕES FRENTE À ORALIDADE NA APRENDIZAGEM DIGITAL DE LÍNGUA ESTRANGEIRA (INGLÊS)
Adversidades na aquisição da oralidade por principiantes em LE; Competência Comunicativa; Estratégias de aprendizagem da comunicação; Formação de Alunos Aprendizes de Línguas.
Nesta pesquisa buscamos investigar e compreender os desafios e dificuldades no aprendizado de uma nova língua, especialmente a modalidade oral (compreensão e produção de linguagem) de alunos iniciantes adultos da língua inglesa num curso em modo remoto. Diante das perguntas, tentamos mostrar, de forma confirmatória, quais traços distintivos (estratégias, atitudes e afetividades manifestas) de base comunicativa podem ser convocadas para apoiar a percepção de dificuldade no uso da língua alvo por esses aprendizes principiantes. O uso da oralidade na língua alvo por um número amostral de aprendizes participantes, foi observado e anotado para análise do processo de aprendizagem de uma L2 em base interativa e comunicativa e como esses aprendizes reagiram à instrução recebida no sentido de produzir oralmente a língua alvo. O estudo sobre as ações e atitudes levantadas por observação na aprendizagem por parte desse público alvo é justificado pelo fato de que algumas crenças enraizadas em aprendizes tornarem a aquisição ineficiente ou mesmo contraproducente quando o/a professor (a) faz uso da oralidade em sala de aula, e por isso, elas são tratadas aqui como um fator relevante no processo da aprendizagem (que também pode ser aquisição em dadas circunstâncias). Para Oxford (1990), o uso de estratégias está diretamente ligado à fluência oral. Segundo Oxford (1990), as estratégias que os aprendizes utilizam no seu processo de aprender são individuais e, frequentemente, conscientes. Elas são discutidas neste estudo no bojo da Competência Comunicativa (Hymes,1970, SOUTO FRANCO & ALMEIDA FILHO (2009) e do ensino para a comunicação (Widdowson, 1991), Dornyëi (2009), entre outros. Esta pesquisa foi metodologicamente embasada em um estudo de caso interventivo que buscou também um modo justificável de lidar com o seguinte questionamento: quais moderadores de conduta e estratégias o(a) professor(a) de LI pode utilizar para ajudar seus alunos numa trajetória suave de aquisição da oralidade. A pesquisa foi desenvolvida servindo-se da abordagem qualitativa de análise de sessões gravadas de vídeo aulas, além de entrevistas abertas com cinco alunos- participantes. Os resultados sugerem que para que se firme a oralidade em sala de aula, é importante que sejam empregadas estratégias, e que elas não só contribuem à aprendizagem de línguas, mas tornam o percurso dos alunos um caminho mais acessível e leve, permitindo que eles se sintam mais abertos a se arriscarem em suas produções na língua alvo, e por isso, criá-las e recriá-las, instintivamente ou não, sempre que houver dificuldades em aula, tornando essa prática necessária.