EU ESTOU GRÁVIDO E VOU PARIR: Políticas públicas, tecnologias de gênero e gravidez transmasculina em um estudo comparativo entre Brasil e Canadá
Transmasculinidades; Gravidez; Parto; Aleitamento; Paternidade; Políticas Públicas de Saúde; Brasil e Canadá
Nessa pesquisa descrevo as políticas de saúde e suas ausências em relação aos direitos reprodutivos das pessoas transmasculinas que realizam ou não os processos transexualizadores e externalizadores durante a gravidez, parto e aleitamento. Discuto o ato de engravidar como uma realidade existente e inexistente para pessoas transmasculinas que resistem à construção da gravidez associada ao construto biológico de mulher, feminino, fêmea; bem como políticas de saúde para a população transmasculina gravides/os em suas subjetividades, pertencimentos e omissões. Problematizo as práticas e as experiências de pessoas transmasculinas gravides/os e que já engravidaram; suas experiências de gestação; de parto e de aleitamento, tanto segundo suas narrativas, como também à luz do que preconizam as políticas de saúde e os sistemas de saúde brasileiro e canadense durante o período de 2013 aos dias atuais, datas que trazem marcos históricos de construções de políticas públicas para pessoas trans tanto no Brasil quanto Canadá. Trata-se, portanto, de uma pesquisa comparativa em Ciências Sociais, que analisa políticas de Estado sobre a saúde no Brasil e no Canadá pensando nos possíveis avanços que estes países tenham implementados em relação a gravidez transmasculina, a partir do texto legal e político, mas também de uma etnografia junto as transmasculinidades que vivem o processo de uma gravidez e dos serviços de saúde.