Banca de DEFESA: Gabriel de Mendonça Domingues

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Gabriel de Mendonça Domingues
DATA : 17/08/2022
HORA: 10:00
LOCAL: CDS
TÍTULO:

EMBATES ENTRE A FRONTEIRA EXTRATIVA AGRÁRIA E A FRONTEIRA SOCIOAMBIENTAL NO SUDOESTE PARAENSE


PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia, fronteira extrativa agrária, fronteira socioambiental, neoliberalismo, capital extrativo, conservação ambiental, povos da floresta, Sudoeste Paraense.


PÁGINAS: 263
RESUMO:

O objetivo principal desse trabalho é analisar os embates entre a fronteira extrativa agrária e a fronteira socioambiental no Sudoeste Paraense, tendo em vista os sucessivos ciclos extrativos que se abateram sobre a região ao longo da história, buscando entender os diferentes atores sociais e a organização para forçar um novo ordenamento do território, a partir do paradigma socioambiental. O trabalho assume o significado geopolítico da fronteira, que é assumida como um espaço em incorporação ao espaço global fragmentado, onde atores, atuando em diferentes escalas, disputam o território para a implementação de projetos políticos distintos. Acerca da fronteira extrativa agrária na Amazônia, observou-se que o extrativismo se apresenta como um elemento de interconexão e continuidade entre a ordem colonial e a ordem neoliberal, a partir do desencadeamento de sucessivos ciclos extrativos, que têm início com a colonização ibérica. Do lado da fronteira socioambiental, observa-se a confluência das frentes ambientalista, camponesa e indigenista, que, com origens e contextos históricos diferentes, se encontram na Amazônia e conformam uma correlação de forças capaz de rivalizar minimamente com o avanço da fronteira extrativa agrária. Ressalta-se, contudo, a infiltração de interesses econômicos e geopolíticos diversos na fronteira socioambiental, na medida em que a natureza passa a ser valorizada, cada vez mais, sob a lógica da acumulação. No Sudoeste Paraense, observa-se a formação do mosaico de áreas protegidas, possível graças a coalização de movimentos de trabalhadores rurais, organizações indígenas e indigenistas, organizações ambientalistas internacionais, ONG’s nacionais, a ampliação da atuação dos órgãos federais e a diversificação das fontes de financiamento internacional para os projetos socioambientais. Observou-se, porém, uma contraofensiva agroextrativa na região, a partir da desregulamentação ambiental, agrária e indigenista e o desmonte dos órgãos de fiscalização federais que vem ensejando uma aceleração do avanço de todas as frentes que compõem a fronteira extrativa agrária. Ressalta-se o papel do Estado no sentido de definir o modelo de desenvolvimento a ser priorizado e dispor dos instrumentos legais e dos recursos necessários à sua implementação. A simples entrega da região ao sabor das flutuações da dinâmica da fronteira significará o predomínio definitivo da lógica extrativa, pois é ela que rege a atual fase da economia globalizada. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - VICENTE PAULO DOS SANTOS PINTO - UFJF
Externo à Instituição - GIROLAMO DOMENICO TRECCANI - UFPA
Externo à Instituição - ERIC PIERRE JEAN SABOURIN
Interno - 1624482 - SERGIO SAUER
Interna - 2333890 - STEPHANIE CAROLINE NASUTI
Notícia cadastrada em: 16/08/2022 10:27
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