Conservação de espécies ameaçadas de extinção como direcionadoras no desenvolvimento territorial sustentável no Brasil
Viabilidade populacional. Reintrodução. Corredores. Condições ambientais. Conflito. Coexistência. Panthera onca. Cyanopsitta spixii.
A taxa de perda de biodiversidade não está diminuindo. O esgotamento das espécies animais pode reduzir a estabilidade das comunidades ecológicas. Apesar desta perda contínua, existe algum progresso na reversão da perda de fauna em virtude de ações intencionais (Seddon, 2014). As ações de conservação no mundo evitaram a extinção de pelo menos 28 a 48 espécies de aves e mamíferos entre 1993 e 2020. Sem estas ações, as taxas de extinção destes grupos seriam 2,9 a 4,2 vezes maiores (Bolam et al, 2020). Os principais fatores de pressão sobre a biodiversidade são: a perda e degradação de habitat (Fahrig, 2003; Haddad et al., 2015); a exploração excessiva e a sobre-exploração de recursos (Ripple et al., 2016; Worm et al., 2006); a introdução de espécies invasoras (Simberloff et al., 2013; Clavero & García-Berthou, 2005); e as mudanças climáticas surgem como uma preocupação crescente para a extinção de espécies ao afetar as condições ambientais, como temperatura, disponibilidade de água e padrões sazonais, colocando em risco a sobrevivência de espécies que não conseguem se adaptar rapidamente (Thomas et al., 2004; Parmesan & Yohe, 2003).