Banca de DEFESA: Vitor Zanotta da Cruz Santos

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Vitor Zanotta da Cruz Santos
DATA : 07/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:
PERCEPÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E ESTRATÉGIAS DE ADAPTAÇAO NA AGRICULTURA FAMILIAR ORGÂNICA E CONVENCIONAL DO RIO GRANDE DO SUL



 



 




PALAVRAS-CHAVES:
Mudanças Climáticas, Agricultura Familiar, Agricultura Orgânica, Percepção, Adaptação, Rio Grande do Sul




PÁGINAS: 154
RESUMO:
A ação humana poderá provocar um aumento de mais de 1,5 oC da temperatura do planeta até 2030, em relação à era pré - industrial. Isso acarretará consequências severas à vida humana e ao meio ambiente. Dentre os impactos irreversíveis reportados pelo IPCC, estão a alteração na frequência e intensidade de chuvas, ondas de calor e secas prolongadas. Estes efeitos ameaçam todos os setores que dependem dos serviços ecossistêmicos afetados, como a agricultura familiar, atividade base da produção de alimentos globalmente. Apesar da agricultura familiar ter geralmente um caráter sustentável, sempre que é
adotado o padrão produtivo intensivo em insumos químicos os impactos ambientais estão presentes. Quando os agricultores familiares optam por aderir a um modelo de produção orgânica, estão fazendo uso de uma estratégia que contempla a adaptação aos efeitos das mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, a mitigação das suas causas, além, é claro, das já conhecidas contribuições para a alimentação saudável. O Rio Grande do Sul tem sido assolado por eventos climáticos extremos e sofreu perdas agrícolas severas em dois terços dos seus municípios, que decretaram situação de emergência em 2022, devido ao grande período de seca, ondas de calor e queimadas com frequência e intensidade intensificada. O presente estudo compara a percepção do fenômeno e o modo como os agricultores estão buscando se adaptar. Aplicaram-se entrevistas semiestruturadas junto a agricultores familiares que cultivam produtos convencionais e orgânicos no município de Santa Clara do Sul. Verificou se que a maior parte dos agricultores familiares entrevistados percebem as mudanças climáticas, com destaque para os eventos extremos dos últimos anos, com diminuição da precipitação e aumento da temperatura. Os dados das estações meteorológicas da região indicam que os verões estão mais quentes e a precipitação anual tem se reduzido. Na comparação entre os grupos de agricultores orgânicos e convencionais, as divergências referentes a modelo produtivo foram: escolaridade, acesso a políticas públicas em resposta as mudanças do clima, expectativa para o futuro do clima e percepção da interferência da agricultura no clima. A ausência de diferenças nos outros aspectos amostrados denota contraste com a bibliografia de comparação entre modelos produtivos, que se justifica pela singularidade do contexto de Santa Clara do Sul. No município, a transição orgânica demonstrou-se independente de características sociais e motivações individuais, como normalme nte ocorre ao redor do mundo, justamente por, no caso de Santa Clara do Sul, a prefeitura ter criado uma política pública de transição orgânica com enfoque na agricultura familiar em geral. Os resultados da pesquisa somam ao entendimento acadêmico da realidade dos agricultores. familiares do Brasil face às mudanças climáticas e podem contribuir para a formulação de políticas públicas destinadas à adaptação do setor no enfrentamento aos desafios que as mudanças climáticas representam.




MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DANIELA NOGUEIRA SOARES - INCT
Interno - 2196754 - JOSE LUIZ DE ANDRADE FRANCO
Presidente - ***.695.087-** - MARCEL BURSZTYN - UnB
Externo à Instituição - PAULO DABDAB WAQUIL - UFRGS
Notícia cadastrada em: 07/07/2023 12:28
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