Banca de QUALIFICAÇÃO: Ivonaldo Reis Santos

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Ivonaldo Reis Santos
DATA : 09/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

FERRAMENTAS BIOTECNOLÓGICAS E NANOTECNOLÓGICAS PARA O CONTROLE DA BACTÉRIA FITOPATOGÊNICA Xanthomonas campestris pv. campestris


PALAVRAS-CHAVES:

Indução de resistência, biomoléculas, síntese verde, nanopartículas de prata e atividade antimicrobiana.


PÁGINAS: 101
RESUMO:

Xanthomonas campestris pv. campestris (Xcc), é uma bactéria fitopatogênica Gram-negativa responsável pela podridão negra nas brássicas, cultura de grande relevância social e econômica. O controle da podridão negra é baseado, principalmente, na utilização de cultivares resistentes e na aplicação de produtos à base de cobre. O uso de biomoléculas é uma das estratégias que vem sendo bastante utilizada no controle de pragas, visando reduzir a utilização de pesticidas tóxicos para saúde e meio ambiente, como as biomoléculas extraídas de Rhizobium tropici que demonstraram estar envolvidas na indução de PRPs (pathogenesis related proteins). Uma outra estratégia que tem sido utilizada é a síntese de nanomaterias por rota de síntese verde, que possibilita uma vasta gama de novas aplicações, incluindo o controle de pragas e patógenos de plantas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é utilizar ferramentas biotecnológicas e nanotecnológicas visando o controle da podridão negra das brássicas. Na primeira etapa deste estudo, as expressões de 8 genes (FADS, DEFL, DAO, SRG2, PIDRP8, SAPX, ARP e CYP83B1) relacionados à defesa induzidos por metabólitos concentrados extraídos de R. tropici (MC-RT) foram analisadas. B. oleracea foram cultivadas em casa de vegetação e aos 21 dias após a semeadura foram pulverizadas com solução de MC-RT a 1% nas folhas ou na raiz. As partes aérea e radicular foram coletadas separadamente no dia 0 (condição controle), 24 e 48 h após o tratamento (hat) e submetidas à extração de RNA para análise por RT-qPCR. Os resultados mostraram que MC-RT aplicado nas folhas tem efeito protetor mais duradouro e sistêmico na planta. Os resultados obtidos neste estudo enfatizam o potencial biotecnológico do uso de MC-RT atuando como um elicitor de respostas de defesa ativas em plantas, podendo contribuir expresivamente para o controle da podridão negra das brássicas, podendo também ser aplicado para o controle de doenças que ocorrem em outras culturas de importância econômica. Na segunda etapa deste estudo foi realizado a síntese verde de nanopartículas de prata (AgNPs) utilizando extratos aquosos de folhas de repolho, Arabidopsis, neem, noni e frutos de noni como agentes redutores e estabilizantes, bem como sua caracterização e avalição da atividade antimicrobiana contra Xcc. Além disso, as expressões de 8 genes (FADS, DEFL, DAO, SRG2, PIDRP8, SAPX, ARP e CYP83B1) relacionados com defesa em Brassica, induzidos por AgNPs foram avaliadas por RT-qPCR. As reações de síntese de AgNPs foram realizadas com 6 concentrações variadas dos extratos aquosos. Após formadas, as AgNPs apresentaram grande variação dos diâmetros hidrodinâmicos (DH) e dos índices de polidispersividade (PdI) apresentados em decorrência da concentração do extrato. No total, 42 amostras de AgNPs foram obtidas. Destas, 14 AgNPs foram selecionadas de acordo com seu DH, PdI e potencial Zeta, e submetidas a testes biológicos. No teste de atividade in vitro contra Xcc, as AgNPs com maior atividade antimicrobiana foram aquelas que apresentam DH menor. Para verificar a indução de genes relacionados com defesa, B. oleracea foram pulverizadas com AgNPs (64 µM) sintetizadas a partir de extratos aquosos das cascas dos fruto de noni (EACFN-AgNPs) ou AgNO3 a 64 µM na face adaxial das folhas. Os resultados mostraram que a aplicação de EACFN-AgNPs desencadeia uma resposta de defesa efetiva e pode ser eficiente no controle de Xcc em brássica. Nesse contexto, as rotas de síntese verde com extratos de folhas de brássica, arabidopsis, neem e noni e frutos de noni empregadas no presente trabalho resultaram em AgNPs com características diferenciais e que podem ser empregadas no controle de Xcc em brássica. Para compreender como a bactéria e a planta respondem quando submetidas ao contato com AgNPs, outros estudos moleculares são necessários. Neste contexto, as proteínas envolvidas em resposta a AgNPs em Xcc e a indução de proteínas de defesa em Brassica, também serão avaliadas por proteômica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2644635 - ROBERT NEIL GERARD MILLER
Interna - 1122620 - SONIA MARIA DE FREITAS
Externo ao Programa - 3051226 - MAURICIO ROSSATO
Externa à Instituição - CINTHIA CAETANO BONATTO - EMBRAPA
Notícia cadastrada em: 09/08/2022 12:21
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