Ao mesmo tempo que a agua é a molécula mais abundante do planeta ela também é o fator mais limitante para a sobrevivência das plantas em todo mundo. O transporte de água pelas plantas é considerada a espinha dorsal da fisiologia vegetal e a hidráulica de plantas tem tido cada vez mais aplicação para os modelos de previsão da vulnerabilidade dos ecossistemas em todo mundo. Em busca de avançar o conhecimento da vulnerabilidade a seca de florestas tropicais, o presente estudo tem como objetivo avaliar a vulnerabilidade a seca de florestas na transição Amazônia-Cerrado. Para tanto dividimos a tese em dois capítulos. No primeiro, avaliamos a vulnerabilidade a seca diante de dois contextos, em um gradiente de precipitação e em condições edáficas distintas. Dessa forma procuramos responder as seguintes perguntas: 1) a vulnerabilidade a seca varia de acordo com o regime de precipitação na transição Amazônia-Cerrado? (2) se as árvores que ocorrem sobre solos férteis são mais vulneráveis a seca do que árvores que ocorrem sobre solos menos férteis, e (3) se as árvores que ocorrem sobre solos pouco férteis possuem maior regulação do potencial hídrico foliar ao longo do dia. No segundo, conduzimos um estudo para auxiliar na compreensão dos efeitos do estresse hídrico em florestas restauradas, procurando responder as seguintes perguntas: 1) A vulnerabilidade à seca da vegetação restaurada difere de acordo com estágio de sucessão da vegetação? 2)

Espécies arbóreas introduzidas em estágio inicial de sucessão ou seja indivíduos juvenis são mais susceptíveis ao estresse hídrico?