Índice acústico como ferramenta de monitoramento da diversidade de anfíbios em áreas urbanas e nativas do Cerrado
Anfíbios, Bioacústica, Audiomoth, Paisagens acústicas, áreas urbanas, índice acústicos
Vários fatores, incluindo o grau de conservação das áreas naturais, seu grau de isolamento, a intensidade da poluição sonora, a presença de animais domésticos, entre outros, influenciam a presença de espécies nativas em remanescentes de vegetação natural em áreas urbanas. Neste estudo, avaliamos a diversidade de anfíbios em áreas naturais dentro da matriz urbana de Brasília, capital do Brasil. Examinamos a variação na riqueza de espécies e sua associação com índices acústicos calculados para 20 áreas de amostragem. Usamos índices acústicos comumente usados para caracterizar as paisagens acústicas que estudamos. Nossos resultados indicaram que as áreas conservadas apresentaram maior riqueza de espécies de anfíbios do que as áreas alteradas, e o mesmo padrão ocorreu para os índices acústicos. Encontramos uma correlação significativa apenas entre a riqueza de espécies e o Índice de Som de Diferença Normalizada - NDSI. Verificamos também que ADI e H tiveram os maiores valores no meio da noite, enquanto BI e ACI tiveram os maiores valores no início da noite. Nossos resultados destacam a importância de áreas naturais remanescentes para a manutenção de espécies nativas em áreas urbanas, apesar de uma redução significativa da biodiversidade em áreas com níveis mais altos de poluição sonora, conforme medido pelo NDSI. As ações de gestão urbana exigem não apenas a preservação da vegetação nativa intacta, mas também o controle da poluição sonora que afeta essas áreas, visando a criação de cidades sustentáveis.