Banca de DEFESA: Taryk Robert de Araujo Maciel
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Taryk Robert de Araujo Maciel
DATA : 29/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Geografia
TÍTULO:
AMAZÔNIA E GLOBALIZAÇÃO: PERVERSIDADES E FLUIDEZ DOS USOS DO TERRITÓRIO NA CONSTITUIÇÃO DOS LUGARES – FRONTEIRA BRASIL-BOLÍVIA
PALAVRAS-CHAVES:
território usado; fronteira Brasil-Bolívia; Acre; Pando; economia da borracha; fronteira na Amazônia; Brasiléia; Epitaciolândia; Cobija.
PÁGINAS: 120
RESUMO:
A presente pesquisa analisa uma singularidade fronteiriça na América Latina, uma fronteira Brasil – Bolívia localizada na região do Alto Acre na Amazônia. Esse território é formado por uma conurbação entre três cidades fronteiriças: Brasiléia, Epitaciolândia e Cobija, no qual as duas primeiras são municípios do sudoeste do Acre, Brasil, e a terceira é capital do Departamento de Pando, norte da Bolívia. Denominada Alto Acre da Amazônia, essa região se tornou destino de distintos migrantes em busca do látex, matéria-prima retirada da árvore seringueira (hevea brasiliensis), para a produção de borracha; que se tornou essencial no contexto mundial da industrialização no final do século XIX e início do século XX. Esse ciclo econômico da borracha constituiu povos brasileiros e bolivianos de forte identidade amazônica, sendo compostos de indígenas locais e de migrantes que se adaptaram para resistir no território. Contrastando com os atuais usos do território, ativados após os ciclos da borracha, observam-se sistemas agropecuários estranhos ao lugar, revelando a seletividade da fluidez e a perversidade globalitarista; que inferioriza processos de desenvolvimento regionais em prol de negócios internacionais. A floresta amazônica é explorada em prol de acúmulos capitalistas vorazes, ou seja, usa-se o território em moldes de desenvolvimento exógenos e contraditórios ao lugar, onerando os povos locais por meio de fortes desigualdades socioterritoriais, desequilibrando drasticamente o domínio morfoclimático amazônico e adensando a vulnerabilidade socioterritorial desses povos.
A importância da presente pesquisa se dá pela necessidade de analisar o espaço geográfico globalizado da Amazônia, de forma a caracterizar os usos do território nesta fronteira acreano-pandina, uma singularidade Latino-Americana que desvela perversidades e fluidez seletiva nos usos do território.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1714000 - EVERALDO BATISTA DA COSTA
Interno - 2193609 - FERNANDO LUIZ ARAUJO SOBRINHO
Externo à Instituição - RAFAEL SÁNCHEZ ACUÑA
Externo à Instituição - SAINT-CLAIR CORDEIRO DA TRINDADE JÚNIOR - UFPA