Geopolítica e IA no Combate ao Crime na Fronteira: O Caso Fronteira Tech em Pacaraima/RR
fronteira, segurança, geopolítica, inteligência artificial.
A pesquisa investiga o uso da Inteligência Artificial (IA) como ferramenta geopolítica no combate ao crime organizado em fronteiras amazônicas brasileiras. A segurança nas regiões de fronteira é uma questão central no enfrentamento do crime organizado, especialmente em contextos geopolíticos complexos como o brasileiro. Fronteiras são espaços que conectam e separam territórios, ao mesmo tempo em que servem como pontos de convergência de problemas relacionados à segurança nacional e pública, como o tráfico de drogas, armas e pessoas. No caso da Amazônia brasileira, essas áreas são marcadas por desafios adicionais, como baixa densidade populacional, difícil acesso e limitações na presença do Estado, tornando-as vulneráveis a atividades ilícitas. Nesse cenário, o uso de tecnologias avançadas, como a Inteligência Artificial (IA), surge como alternativa estratégica para monitoramento, controle e combate ao crime transnacional. O estudo insere-se na temática da securitização, destacando o papel crescente de tecnologias disruptivas no monitoramento e controle das fronteiras. A IA, nesse cenário, emerge como alternativa estratégica, permitindo análises preditivas e tomada de decisão baseada em dados. Metodologicamente, a pesquisa adota uma abordagem qualitativa, combinando análise documental e bibliográfica, somada a um estudo de caso do projeto Fronteira Tech em Pacaraima/RR, no período de 2019 a 2023. Espera-se que o estudo contribua para o debate sobre geografia das fronteiras e das drogas, redes ilegais e barreiras fronteiriças, destacando a relevância de políticas integradas e da aplicação de tecnologias avançadas em regiões de difícil acesso como a Amazônia brasileira. Assim, o trabalho busca evidenciar a eficácia da IA como ferramenta de segurança e fomentar discussões sobre os desafios geopolíticos na gestão de fronteiras brasileiras.