GEOBIOCENOSE COMO EPISTEME SERTANEJA CERRATENSE: Geografia Complexa das Territorialidades do Grande Sertão Mineiro e suas Veredas
1.Territorialidade; 2.Sertão Cerratense; 3.Geografia Complexa; 4.Geobiocenose.
A intenção inicial era de interagir, dialogar com a seguinte tríade: unidade de conservação; comunidades tradicionais; e as territorialidades ali existentes. Assim, foi lançado o desafio de pesquisar sobre: o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, tendo o prazer de aproximação da literatura rosiana e todos os amantes dela que conhecemos nesse percurso. Há aqui, uma interpretação da Geografia como ciência complexa que dialoga com a Filosofia e a Ecologia, sendo ainda atravessada pela literatura rosiana. Nesse contexto, estarão presentes teóricos como Santos (1987, 1996, 2006, 2007, 2009, 2017); Morin (2003; 2015a; 2015b; 2011; 2016; 2017); Haesbeart (1997; 2007; 2021; 2024); Moreira (2024); Porto-Gonçalves (2001, 2002, 2006); Chauí (1980) Deleuze e Guattari (1997); Althusser (1985); Jonas (2006); Cruz Hernández (2017); Silva (2024); Uexkull (2004), entre outros. Em decorrência, aproximamo-nos das populações cerratenses sertanejas, sendo é aqui ressaltado são suas ligações com o território habitado, fonte ampla de conhecimento territorializado, conceituado como Geobiocenose. Foi também identificado a intrusão de fatos recentes, dispositivo sistêmico do agrocultivo exportador, implantados na região impactando diretamente a paisagem do Cerrado entrecortada por chapadões (Chapadão do Urucuia, Chapadão de Antônio Pereira), serras (Serra de Santa Maria, Serra do Meio), brejos (Brejo da Passagem, Brejo d Amparo) e rios (extensão entre os rios Cariranha e Urucuia - Pardo, Pandeiros). Por fim, identificou-se a distinção entre o Uso do Território miltoniano e territorialidade, sendo esta, principal característica da ação ética com o território habitado e da cidadania responsável.