Β-1,3-GLUCANA COMO ALVO TERAPÊUTICO PARA CROMOBLASTOMICOSE
cromoblastomicose, Fonsecaea pedrosoi, equinocandinas, antifúngicos
Cromoblastomicose é uma doença fúngica crônica que atinge tecidos cutâneos e subcutâneos causada principalmente por espécies de Fonsecaea. A cromoblastomicose é considerada um desafio terapêutico, pois apresenta baixos índices de cura e altos de relapsos, para o tratamento são utilizados principalmente antifúngicos orais, itraconazol e terbinafina apresentam os melhores resultados. As equinocandinas, uma das classes mais recentes de antifúngicos desenvolvidas, apresentam alvo específico em células fúngicas: as beta-1,3-glucanas. São descritos efeitos fungicidas e fungistáticos para equinocandinas, além de induzir mudanças em parede celular fúngica que geram efeito imunomodulatório. Agentes causadores de cromoblastomicose apresentam resistência a equinocandinas, mas ainda não foram estudados mecanismos de resistência e papel da imunomodulação nessas espécies. Trabalho teve objetivo de avaliar β-1,3-glucanas como possível alvo terapêutico para cromoblastomicose, através de exposição a equinocandinas. Diferentes espécies de Fonsecaea apresentaram perfil de resistência a caspofungina, ao avaliar mudanças em F. pedrosoi exposta a equinocandinas foi observado em microscopia eletrônica mudança na estrutura da parede, por fluorescência foi demonstrado aumento de quitina e maior exposição de β-1,3-glucana. Exposição a caspofungina também parece estimular resposta imune mais eficiente, além disso, combinação de uso de caspofungina com outras drogas apresentou melhores resultados antifúngicos. PALAVRAS-CHAVE: cromoblastomicose, Fonsecaea pedrosoi, equinocand