Banca de DEFESA: Isabela Ferreira Lima Mota

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Isabela Ferreira Lima Mota
DATA : 27/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: auditorio 3 do Instituto de Biologia
TÍTULO:

Avaliação da ação neuroprotetora do peptídeo neurocidentallis nanoencapsulado em um modelo de Doença de Alzheimer em camundongos


PALAVRAS-CHAVES:

Doença de Alzheimer, beta-Amiloide, peptídeos de vespas, neuroprotetor, neurocidentallis, ß-Amiloide


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva e é a causa mais frequente de demência na população mundial idosa. Considerando a alta prevalência da doença e os custos socioeconômicos da sociedade como um todo, a DA é considerada um importante problema de saúde pública. Suas causas ainda são incertas, porém muitos autores relatam a hipótese da cascata amilóide e a hipótese da proteína tau fosforilada como seu principal causador, levando a neurodegeneração, morte neuronal e demência. Atualmente, a DA conta com poucos tratamentos, e em sua maioria, sintomáticos, que não impedem ou retardam a progressão da doença, de modo que novos tratamentos são urgentes. Nesse cenário, compostos de peçonhas animais têm sido observados como uma plataforma inovadora para a descoberta de novos tratamentos, devido sua alta especificidade a alvos do Sistema Nervoso Central. Os peptídeos occidentalina e neurovespina, isolados da vespa Polybia Occidentalis demonstraram ação neuroprotetora em modelos de doenças neurodegenerativas, sendo capazes de ultrapassar a barreira hematoencefálica, e sendo capazes de inibir correntes de cálcio de canais do tipo Cav1.2, ademais, dados preliminares corroboram que a neurovespina possa inibir a via glutamatérgica, via patologicamente alterada na DA. Do peptídeo neurovespina, foi desenvolvido o peptídeo modificado octovespina, que demonstrou atividade neuroprotetora in vivo e in vitro em um modelo de doença de Alzheimer em camundongos, sendo capaz de evitar a agregação da β-Amiloide e de reverter os déficits de memória causados pela β-Amiloide. Isso posto, o octovespina pode ser um composto promissor para uso como fármaco modelo no desenvolvimento de novos tratamentos para doenças neurodegenerativas. Para tanto, foi desenvolvido um anágologo da octovespina, o neurocidentallis, do qual foi retirado um anel aromático (fenilalanina), com intuito de reduzir sua hidrofobicidade, para melhor solubilização do mesmo em meio aquoso. Contudo, um dos desafios no uso de peptídeos no contexto clínico é a entrega dos mesmos ao SNC pela via parenteral, sendo que alguns obstáculos devem ser superados, como processos de remoção de peptídeos mediante proteases endógenas (DAKWAR et al., 2012), e propriedades físico-químicas desfavoráveis dos próprios fármacos (FENG et al., 2018). Com isso, buscando facilitar a entrega do neurocidntallis ao SNC, sua biodisponibilidade, estabilidade, solubilidade e bioaderência, o neurocidentallis foi encapsulada em nanoemulsões, atuando como drug delivery systems capazes de carregar e entregar o composto no tecido cerebral. As nanopartículas utilizadas serão conjugados do peptídeo neurocidentallis + nanoemulsões (NE) de quitosana ou PEG, sendo que ambos os tipos de NE vêm sido amplamente estudados e demonstram bons perfis de segurança, tanto in vivo quanto in vitro (DE LIMA e MORTARI, 2022; ROSTAMI, 2020; YU et al., 2019; ZHAO et al., 2019). Esse projeto busca aprofundar os estudos sobre o peptídeo bioinspirado neurocidentallis na Doença de Alzheimer, por meio de ensaios comportamentais como Labirinto Aquático de Morris, Teste de Reconhecimento de Objeto novo e Open field, além de análises imunohistoquímicas, a fim de demonstrar seu potencial como ferramenta no estudo e no tratamento da doença.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2343068 - ANDREZA FABRO DE BEM
Externa à Instituição - JADE DE OLIVEIRA - UFRGS
Externa ao Programa - ***.568.591-** - LUANA CRISTINA CAMARGO - HHUD
Presidente - 2567703 - MARCIA RENATA MORTARI
Notícia cadastrada em: 29/01/2024 13:46
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