Emergência da agencialidade em crianças de 11 anos em situação de conflito durante a transição do ensino fundamental para o ensino médio na Colômbia
Desenvolvimento, transição escolar, conflito escolar, significados, estudo longitudinal.
A pesquisa objetiva analisar as relações de significado na produção de agencialidade em situações de conflito entre crianças de 11 anos durante o período de transição escolar do ensino fundamental para o ensino médio em uma escola de Cali, Colômbia. Entendendo a agencialidade como a atuação independente da situação imediata, sob orientação de mediadores semióticos de origem social e cultural, a pesquisa parte do pressuposto que as transições escolar e de desenvolvimento ocorrem como processos de ruptura, abrindo caminhos para a atualização de significados e a produção de posições em agencialidades. Complementa-se com a ideia dos conflitos escolares como situações de tensões dinâmicas entre diferentes posições que podem promover a produção de significado em reflexividade e agencialidade. Visando o objetivo, também são levadas em consideração as condições histórico-sociais do pós-acordo de paz na Colômbia, bem como as implicações para o sistema educacional, as diretrizes para a gestão de conflitos escolares, bem como as interconexões com o desenvolvimento psicológico das crianças. É um estudo longitudinal com seis crianças (três meninas), desenvolvido com base nos princípios da Grounded Theory e no uso de multimétodos, incluindo observações de campo, entrevistas semiestruturadas com adultos cuidadores das crianças, situaçõe semiestruturadas com o grupo de crianças para identificar dinâmicas de interação e entrevistas mediadas por artefatos. A análise vai considerar a análise microgenética das observações, a fim de identificar interações em conflitos que se configuram como situações geradoras de posições agentivas em conjunto com análise temática dialógica das entrevistas para identificar posições reflexivas, associadas à experiência do processo de transição.