Banca de DEFESA: CAMILA SENA VALLE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAMILA SENA VALLE
DATA : 23/05/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Teams e sala AT 46/8 para Defesa híbrida da Camila Sena
TÍTULO:

A amizade de crianças com TEA na primeira infância e a inclusão escolar


PALAVRAS-CHAVES:

amizade, autismo, inclusão, desenvolvimento infantil


PÁGINAS: 200
RESUMO:

A relação de amizade na infância tem sido vista na literatura como uma forma de socialização significativa e que contribui para diversos aspectos do desenvolvimento da criança (Adams & Quinones, 2020, Petrina et al., 2014, Ricardo & Rossetti, 2011). Pela maneira que os estudos foram feitos, não é possível saber ainda o que crianças com autismo consideram amizade, como a desenvolver e a manter Rodríguez-Medina et al. (2018). Para definir o termo amizade e suas características, em sua maioria, os estudos não consideraram as vivências das pessoas com autismo (Valle e Ribas, 2021), nem diferentes perspectivas Petrina et al. (2014) e nem observação em ambiente natural (Petrina et al., 2014 & Rodríguez-Medina et al., 2018). O objetivo desta pesquisa é compreender como ocorre o processo de desenvolvimento das relações de amizade em crianças com TEA na primeira infância, em situações de interação com seus pares no contexto escolar. Foi utilizada a metodologia qualitativa, recorte longitudinal, com base em Estudo de Caso e na Análise Fundamentada dos Dados. Os participantes foram duas crianças do primeiro ano do ensino fundamental com TEA, as crianças de turma que interagiam com elas, as educadoras responsáveis e seus pais. Os procedimentos de coleta de informações foram: (1) estudo exploratório de três dias para a pesquisadora se familiarizar com o contexto da instituição, fazendo observações livres e com registro escrito em diário de pesquisa; (2) uma entrevista seguindo roteiro semiestruturado com as educadoras da turma e com os pais; (3) videogravações de momentos de interação livre das crianças, com frequência entre uma e duas vezes por semana, com duração entre uma e quatro horas por dia, por 12 semanas; e (4) uma conversação seguindo roteiro semiestruturado, de forma individual com as crianças com autismo e seus possíveis amigos. A análise das informações foi feita de forma microgenética. Foi criada uma tabela com categorias e subcategorias de características da amizade e o seu desenvolvimento, baseadas nas fontes de informação acima, na revisão de literatura e na obra de Adams e Quinones (2020). Essa tabela foi utilizada para analisar a transcrição das entrevistas de dos episódios videogravados obtendo informações sobre as características da amizade de crianças com autismo. O conteúdo das entrevistas e observação da pesquisadora também foram utilizados para analisar os objetivos específicos do estudo. As anotações do diário de pesquisa foram utilizadas de forma complementar. Foi possível compreender como ocorre o desenvolvimento de amizade de crianças com autismo e aprimorar a conceituação sobre amizade, pontuando sobre as diferenças qualitativas presentes a partir da vivência das crianças com autismo e de sua rede de apoio. O ambiente escolar e a mediação do adulto podem favorecer o desenvolvimento da amizade. Considera-se que foi possível contribuir para o avanço teórico-metodológico de investigações científicas sobre o tema. Futuros estudos poderão propor práticas inclusivas aperfeiçoadas no contexto escolar que inclua a amizade das crianças como um todo, além de investigar a amizade de crianças com autismo em diferentes idades e contextos que frequentam.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1374571 - DANIELE NUNES HENRIQUE SILVA
Interno - 1859186 - FAUSTON NEGREIROS
Presidente - 1972785 - GABRIELA SOUSA DE MELO MIETTO
Externa à Instituição - PRISCILA PIRES ALVES - UFF
Notícia cadastrada em: 17/04/2023 16:01
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