Banca de DEFESA: RAFAELLA ELOY DE NOVAES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAFAELLA ELOY DE NOVAES
DATA : 07/07/2023
HORA: 09:30
LOCAL: teams
TÍTULO:

POR UNIVERSIDADES PÚBLICAS PROMOTORAS DO DIÁLOGO HUMANIZADOR: CONTRIBUIÇÕES A PARTIR DAS PERSPECTIVAS TEÓRICAS DECOLONIAL E DIALÓGICA


PALAVRAS-CHAVES:

psicologia dialógica, decolonialidade, extensão universitária, pesquisa participante, diálogo freiriano humanizador.


PÁGINAS: 180
RESUMO:

Importantes conquistas como as cotas para negros, indígenas e estudantes de escolas públicas, a implantação de um sistema universal de acesso às universidades, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), juntamente com a criação de novos campi e universidades em locais onde não havia tais instituições, favoreceram a inclusão de membros de grupos historicamente marginalizados no cenário do ensino superior público brasileiro, no entanto, não eliminaram as variadas formas de exclusão que nele podem ocorrer. Tornar o ambiente universitário fa - vorável à integração daqueles(as) que dele participam é um dos grandes desafios das universidades na atualidade, compartilhado por todos(as) que acreditam no seu potencial transformador de sujeitos e sociedades. Tendo em vista que o desenvolvimento humano ocorre por meio da relação de constituição bidirecional sujeito/cultura, o escopo deste estudo foi compreender, nas perspectivas teóricas decolonial e dialógica, a partir das narrativas e atuações negociadas no contexto de uma ação de extensão/intervenção, de que modo os percalços no percurso acadêmico de estudantes universitários(as), oriundos de grupos historicamente marginalizados do ensino superior, estão relacionados a processos de desumanização/colonialidade. A ação de extensão/intervenção foi composta de catorze encontros dialógicos (sete rodas de conversa na modalidade remota e sete oficinas estéticas presenciais). Envolveu nove discentes de uma instituição universitária pública, com idades entre 18 (dezoito) e 34 (trinta e quatro) anos, entre eles(as), alguns(mas) com sérias dificuldades acadêmicas, a pesquisadora, um bolsista extensionista graduando em Psicologia, e amigos(as) e familiares dos(as) discentes que, eventualmente, participaram de alguns encontros. Ao término da ação, foi realizada uma entrevista com uma participante da intervenção — que passou por um processo de desligamento e reintegração acadêmica. Os indicadores empíricos foram reunidos e organizados em duas dimensões de análise entrelaçadas: uma institucional e outra pessoal. A primeira compreendeu a análise e discussão dos significados co-construídos por todos os membros integrantes da ação de extensão/intervenção, inclusive a pesquisadora, a respeito da cultura universitária, com ênfase nas práticas e relações. Os dados foram sistematizados em quatro cenários, evidenciando as tensões, ambiguidades e ambivalências inerentes à polifonia do grupo: 1) discentes extensionistas e docentes na sala de aula e em outros espaços de ensino-aprendizagem; 2) discentes extensionistas e colegas na sala de aula e em outros espaços de convivência da universidade; 3) discentes extensionistas nos coletivos estudantis e em outros espaços de participação política da universidade e 4) discentes extensionistas, amigos(as) e familiares: na fronteira universidade e sociedade. A segunda dimensão diz respeito aos resultados relativos aos processos de desenvolvimento pessoal da estudante entrevistada. Inicialmente, foi feita uma caracterização da discente e, posteriormente, expostas as análises de seus posicionamentos dinâmicos. A ação de extensão/intervenção, construída de forma solidária com os(as) envolvidos(as) e comprometida com o diálogo de sujeitos e sabe - res, favoreceu que se visualizasse não somente as retóricas de sucesso e emancipação, o “lado A”, celebratório, vin - culado à ideia de modernidade profundamente arraigada nas universidades, mas também o seu “lado B”, obscuro, antidialógico e preconceituoso que colabora para promover a desumanização/colonialidade. Mais importante, a segunda dimensão atesta que a participação ativa na ação extensionista possibilitou à discente extensionista entrevista - da, com histórico de desligamento e reintegração à universidade, a emergência de posicionamentos menos contidos, fracassados e rancorosos; mais dialógicos, autocompreensivos e responsáveis, evidenciando a síntese de um posicionamento agentivo frente à sua realidade. Por fim, o estudo demonstrou que o fomento de práticas dialógicas nas universidades públicas favorece a humanização e, concomitantemente, pode contribuir com a integração de parte dos(as) estudantes oriundos de grupos historicamente excluídos do ensino superior, como os(as) que co-construíram este estudo.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - Claudia Andréa Mayorga Borges - UFMG
Externa à Instituição - VERA MARIA FERRÃO CANDAU - PUC - RJ
Interna - ***.350.231-** - ANGELA MARIA CRISTINA UCHOA DE ABREU BRANCO - NÃO INFORMADO
Externo ao Programa - 1517989 - MARCELO XIMENES AGUIAR BIZERRIL - nullPresidente - ***.836.407-** - MARIA CLAUDIA SANTOS LOPES DE OLIVEIRA - UnB
Notícia cadastrada em: 27/06/2023 16:05
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