Banca de DEFESA: IZABEL CRISTINA DOS SANTOS CAMARA SALVI

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : IZABEL CRISTINA DOS SANTOS CAMARA SALVI
DATA : 15/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Meio virtual
TÍTULO:

Especiação, diversidade genética e disparidade morfológica de um grupo de espécies crípticas, Gymnodactylus gr. amarali Barbour, 1925


PALAVRAS-CHAVES:

Seleção não adaptativa, Squamata, modelo de Derrida-Higgs, padrões macroevolutivos, refúgios, quaternário.


PÁGINAS: 65
RESUMO:

Delimitar e descrever os processos que levam à formação de diferentes padrões é uma das questões centrais na biologia evolutiva. Com o avanço das novas tecnologias, observamos cada vez mais a descrição de uma diversidade antes oculta devido à falta de variação morfológica, que provavelmente é resultado de processos não adaptativos. Durante meu mestrado busquei entender mecanismos que levam à formação de novas espécies sem variação morfológica evidente, bem como a formação de diversidade por processos não adaptativos, utilizando tanto dados empíricos quanto simulações. No primeiro capítulo, busquei identificar se existia alguma estruturação morfológica nas espécies crípticas de uma lagartixa do Cerrado, Gymnodactylus gr. amarali Barbour, 1925, que se diversificou durante o Quaternário. Para tanto, utilizei métodos de machine learning em dados de medidas e folidose (contagem de escamas). Por mais que as médias e medianas de algumas características morfológicas variem entre os grupos (populações e espécies) as suas distribuições se sobrepõem, impossibilitando que os caracteres sejam usados para diagnosticar as espécies. A fim de identificar os diferentes fatores que levaram ao isolamento, analisei se o microclima e a distância geográfica explicavam a alta variação genética e a diversidade morfológica dentro do grupo. Os resultados apontam para uma clara relação entre variação genética e microclima e distância geográfica, enquanto a variação morfológica inconspícua estaria relacionada apenas ao microclima. Inspirada em Gymnodactylus gr. amarali e na sua diversificação no Quaternário, para o segundo capítulo, utilizei simulações baseadas no modelo de Derrida-Higgs para entender se a dinâmica de contração e expansão das áreas de distribuição, resultantes das flutuações climáticas do Quaternário, deixava marcas nos padrões macroevolutivos de diversificação. Nossos resultados mostraram que essas dinâmicas não levaram a um aumento na formação de novas espécies. No entanto, a existência de múltiplos refúgios durante períodos de contração levou a formação de filogenias balanceadas. Esses resultados não corroboram o padrão encontrado em Gymnodacylus gr. amarali o que pode ser devido a homogeneidade dos refúgios definidos em nosso modelo. Estudos futuros devem incluir refúgios de tamanho e distância diferentes.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - SABRINA BORGES LINO ARAUJO - UFPR
Presidente - 2285268 - JULIA KLACZKO
Interna - 2375985 - LILIAN GIMENES GIUGLIANO
Interno - 1365928 - REUBER ALBUQUERQUE BRANDAO
Notícia cadastrada em: 09/08/2024 11:13
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