Banca de DEFESA: LUIS FELIPE CARVALHO DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUIS FELIPE CARVALHO DE LIMA
DATA : 05/09/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Meio virtual
TÍTULO:

Run to the hills: Cupinzeiros como abrigo contra o fogo para a herpetofauna do Cerrado.


PALAVRAS-CHAVES:

Ecologia do fogo, Microclima, Queima prescrita, Incêndios florestais, Resiliência, Biodiversidade


PÁGINAS: 40
RESUMO:

O fogo é um fenômeno natural frequente no Cerrado, e ao longo do tempo, as espécies que habitam este bioma desenvolveram diversas estratégias para sobreviver a esses eventos. Uma dessas estratégias é o uso de abrigos para refúgio. Os cupinzeiros são ideais nesse contexto, pois têm a capacidade de reter temperatura e umidade em seu interior, evitando variações drásticas desses parâmetros. A herpetofauna do Cerrado utiliza essas estruturas para reprodução, alimentação e termorregulação. Neste estudo, avaliamos a importância dos cupinzeiros como abrigo contra o fogo para esses organismos. Para isso, abrimos 179 cupinzeiros na Reserva Natural da Serra do Tombado, em Cavalcante, Goiás, e amostramos as espécies de répteis e anfíbios que se abrigam no interior dos cupinzeiros em áreas afetadas pelo fogo, em áreas não afetadas pelo fogo e um dia após a passagem do fogo. Também registramos dados sobre a estrutura dos cupinzeiros e sobre as temperaturas internas e externas. Utilizamos esses dados para explicar a riqueza, a abundância e as temperaturas nos cupinzeiros em cada tratamento, através de modelos de regressão zeroinflacionados e modelos lineares generalizados. Empregamos dataloggers portáteis para registrar a temperatura e a umidade do ambiente e dentro dos cupinzeiros, em áreas afetadas e não afetadas pelo fogo. Analisamos as diferenças estatísticas entre a temperatura interna e externa dos cupinzeiros com análises de variância não paramétricas. Encontramos 134 indivíduos de 21 espécies de répteis e anfíbios utilizando os cupinzeiros como abrigo. As maiores riquezas e abundâncias foram registradas nas áreas queimadas. Algumas espécies usaram os cupinzeiros exclusivamente durante ou após o fogo. O volume dos cupinzeiros, a temperatura interna e o número de buracos foram algumas das variáveis mais relevantes para explicar a riqueza e a abundância no interior dos cupinzeiros. A vegetação associada e o volume foram as variáveis mais relevantes para explicar as temperaturas dos cupinzeiros. A temperatura interna foi significativamente menor do que a temperatura externa em todos os tratamentos, evidenciando a capacidade dos cupinzeiros de manter condições mais amenas. Não houve diferença significativa entre a temperatura interna de cupinzeiros em áreas afetadas e não afetadas pelo fogo, indicando que essas estruturas são eficazes em impedir variações abruptas. Também não foi possível verificar mudanças abruptas na umidade. Concluímos que os cupinzeiros são excelentes abrigos contra o fogo para a herpetofauna do Cerrado, fornecendo condições microclimáticas estáveis e amenas em seu interior, o que contribui para a grande resiliência desses organismos em ambientes frequentemente submetidos ao fogo.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - EUGÊNIA KELLY LUCIANO BATISTA - UO
Externo à Instituição - FABRICIO ESCARLATE TAVARES - CEUB
Presidente - 1365928 - REUBER ALBUQUERQUE BRANDAO
Interna - 3125063 - VERONICA DE BARROS SLOBODIAN MOTTA
Notícia cadastrada em: 02/09/2024 16:26
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