Banca de DEFESA: ÍSIS CAROLINA SOUTO DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ÍSIS CAROLINA SOUTO DE OLIVEIRA
DATA : 29/09/2025
HORA: 09:00
LOCAL: on-line
TÍTULO:

Ácaros predadores em agroecossistemas de soja-feijão caupi – diversidade e interações tróficas determinadas a partir de dados de DNA metabarcoding


PALAVRAS-CHAVES:

controle biológico, diversificação de agroecossistemas, comportamento alimentar, genômica ambiental


PÁGINAS: 117
RESUMO:

Os ácaros constituem um grupo de extrema importância nos agroecossistemas, onde se encontra uma grande diversidade de espécies fitófagas e predadoras. Algumas espécies de ácaros fitófagos podem atingir o status de pragas; em contrapartida, os ácaros predadores são importantes fornecedores de serviços ecossistêmicos. Por exemplo, na parte aérea das plantas, os ácaros predadores constituem os principais inimigos naturais dos ácaros fitófagos e de pequenos insetos. A diversificação dos agroecossistemas (estrutura e a composição da vegetação) afeta as comunidades de ácaros e, geralmente, favorece o fornecimento de serviços ecológicos de regulação. Estes serviços são afetados pelo número de espécies e sua abundância, mas sobretudo pela diversidade funcional. O manejo apropriado dos agroecossistemas depende, em grande parte, do conhecimento sobre a composição das comunidades associadas e das relações tróficas entre os organismos. Uma abordagem de ecologia comparativa para o estudo de agroecossistemas conduzidos sob diferentes práticas culturais e níveis de diversificação pode ser extremamente informativa para a determinação de fatores que otimizam os serviços ecológicos. O objetivo geral do trabalho foi fornecer informação sobre a composição e o funcionamento das comunidades envolvendo ácaros predadores em cultivos de soja e feijão-caupi, visando a avaliação do efeito de diferentes práticas culturais sobre elas. Foram estudadas áreas de produção na Região Nordeste e Centro-Oeste do Brasil e, também, áreas experimentais, em cultivo sucessional ou não, conduzidas com e sem a remoção de plantas espontâneas. Para a caracterização taxonômica realizou-se a identificação dos ácaros predadores e de suas presas potenciais, sempre que possível a nível de espécie. Para a caracterização funcional dos agroecossistemas utilizamos duas abordagens: i) análises de diversidade das comunidades; ii) estudo das relações tróficas in situ. Este último constitui um desafio, considerando o tamanho reduzido dos ácaros predadores (cerca de 500µm), que impede a observação do comportamento em campo, e a impossibilidade de realizar estudo do conteúdo do aparelho digestivo, devido à digestão pré-oral. Por isso, utilizamos novas metodologias baseadas em DNA metabarcoding, que se apoiam no sequenciamento de alto rendimento (HTS - do inglês High-throughput sequencing) e na análise de dados através de plataformas de bioinformática. Esta metodologia já vem sendo utilizada para insetos, mas para microartrópodes está em suas primeiras etapas de desenvolvimento, e avaliações sobre o efeito de fatores bióticos e abióticos sobre sua eficiência fazem-se necessárias para a apropriada análise dos resultados. Foram analisados dados de comunidades de cultivos comerciais no Maranhão e no Piauí, e de áreas experimentais na Embrapa Meio-Norte, as quais foram previamente identificadas no escopo de um projeto já finalizado, mas que não haviam sido detalhadamente explorados. Foram realizadas análises de abundância, frequência e riqueza das espécies de ácaros fitófagos e predadores nos cultivos e esses dados correlacionados com as práticas culturais e com a composição da cobertura vegetal (no caso de experimentos sem capina). A composição florística dos agroecossistemas está associada à composição das comunidades, mas não houve diferenças significativas entre os cultivos com e sem plantas espontâneas. Foram determinadas as relações tróficas das comunidades em cultivos experimentais de soja e de caupi no Piauí, e de soja no Distrito Federal, baseadas na utilização da extração de DNA e sequenciamento de alto rendimento. Para a utilização dessas metodologias, foram testados e otimizados protocolos e primers grupo-específicos. Foram realizados experimentos de alimentação controlada em laboratório com e sem escolha de presa pelos predadores e avaliou-se a efetividade e o sucesso da metodologia na detectabilidade de presas no interior dos predadores. A metodologia se provou eficaz também para ácaros coletados em campo, dos quais foi possível extrair DNA e detectar suas presas consumidas e assim colaborar para a descrição das interações tróficas presentes no ambiente amostrado.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DENISE NAVIA MAGALHÃES
Externa à Instituição - ANA LUÍSA FARES BIONDI LIMA - UEFS
Interno - ***.061.571-** - RAUL ALBERTO LAUMANN - UNS
Externa à Instituição - RENATA SANTOS DE MENDONCA - EMBRAPA
Presidente - 1365928 - REUBER ALBUQUERQUE BRANDAO
Notícia cadastrada em: 28/09/2025 20:55
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