Nanopartículas luminescentes aplicadas ao desenvolvimento de impressões digitais latentes
impressão digital latente; conversão ascendente; ponto de carbono; ciências forenses; guias.
Apesar de os métodos de detecção de impressões digitais latentes baseados em luminescência se apresentarem como uma solução eficaz para os casos de pouco contraste entre os detalhes da linha da impressão digital e a superfície que a alberga (superfícies multicoloridas ou multipadronizadas), há situações particulares que seguem desafiando os especialistas da área, tais como aquelas nas quais o substrato luminesce de forma similar ao material revelador, interferindo no contraste e, consequentemente, na sensibilidade da técnica. Diante deste problema, a nanotecnologia combinada com a luminescência vem se configurando em uma abordagem particularmente promissora. Na nanoescala, os materiais exibem propriedades excepcionais que são distintas daquelas observadas em uma escala macro, o que pode resultar no aparecimento de propriedades ópticas, magnéticas, térmicas, elétricas e de interação com componentes específicos das impressões digitais latentes (funcionalização). Dentre os diversos tipos de nanopartículas que estão sendo aplicadas ao desenvolvimento de impressões digitais latentes, as nanopartículas de conversão ascendente (UCNPs) e os pontos de carbono (CDs) merecem particular atenção. A primeira devido ao peculiar comportamento de alguns lantanídeos (ou, de forma mais abrangente, terras-raras), quando associados à matriz NaYF4 (fluoreto de sódio e ítrio dopado com terras-raras). Neste caso, tem-se uma conversão ascendente proveniente de excitações na faixa do infravermelho e emissões fluorescentes na região do visível. A segunda por ser um nanomaterial fluorescente orgânico que pode ser sintetizado a partir de diferentes matérias primas, tais como lixos orgânicos, frutas, folhas etc. Diante dessas importantes características, esses dois tipos de nanopartículas serão detalhadamente investigados no âmbito do presente projeto de pesquisa e, posteriormente, aplicados ao desenvolvimento de impressões digitais latentes, nos moldes do que preconiza as diretrizes das ciências forenses.