Banca de DEFESA: LINDOMARA CRISTINA FÉLIX DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LINDOMARA CRISTINA FÉLIX DA SILVA
DATA : 07/10/2025
HORA: 14:00
LOCAL: auditório 04 do IB UNB
TÍTULO:

"EFEITOS DE NANOEMULSOES DE ÓLEO DE PEQUI (Caryocar brasiliense) OBTIDOS POR DIFERENTES METODOS DE EXTRAÇÃO, NA CITOTOXICIDADE E MIGRAÇÃO CELULAR".


PALAVRAS-CHAVES:

Regeneração tecidual; Óleo de pequi; Nanobiotecnologia; Nanoemulsão.


PÁGINAS: 120
RESUMO:

A busca por terapias inovadoras e eficazes para o tratamento de feridas crônicas tem impulsionado o desenvolvimento de estratégias que integram ativos naturais e nanotecnologia. Nesse contexto, o óleo de pequi (Caryocar brasiliense), rico em compostos bioativos, como carotenoides e ácidos graxos é um composto valioso em estudos envolvendo cicatrização. Neste estudo, o objetivo foi avaliar como diferentes métodos de extração — solvente (OPS), cocção (OPB) e prensagem a frio (OPP) — influenciam as características físico-químicas do óleo livre e de suas respectivas nanoemulsões, a fim de investigar seus efeitos biológicos in vitro sobre a citotoxicidade e a migração celular. Os óleos foram analisados quanto à acidez, índice de peróxido, teor de carotenoides e lipídios, atividade antioxidante e espectros FTIR. As nanoemulsões foram produzidas por sonicação e denominadas NEPS, NEPB e NEPP, correspondendo, respectivamente, às formulações obtidas a partir dos óleos extraídos por solvente, cocção e prensagem a frio, e caracterizadas físicoquimicamente em equipamento Zetasizer® (Malvern). A citotoxicidade foi avaliada utilizando o ensaio MTT em linhagens de queratinócitos (HaCaT), fibroblastos (FGH) e macrófagos (RAW 264.7) e a migração celular foi avaliada através do ensaio de “Scratch” em HaCaT e FGH. O OPS apresentou o maior teor de carotenóides (168,8 ± 1,66 mg/100 g) e atividade antioxidante, apesar de obter a maior acidez residual (4,89 ± 0,05%). O ácido oleico foi identificado como o principal ácido graxo em todas as amostras (~ 56 %), seguido pelo ácido palmítico (~ 40 %). Todas as nanoemulsões apresentam distribuições de tamanho uniformes (~ 88 - 96 nm), demonstrando estabilidade coloidal frente a diferentes condições de temperatura e pH. Tanto as nanoemulsões como os óleos livres não apresentaram toxicidade em queratinócitos e fibroblastos na concentração de 1000 µg/mL (24 h), o que não foi observado nos macrófagos, onde nessa concentração houve uma diminuição da viabilidade de 31,7% e 21,9% em NEPB e NEPP, respectivamente (p<0,05). No ensaio de migração (1000 µg/mL, 24 h), não houve diferenças significativas entre os óleos livres e suas respectivas nanoemulsões em relação ao controle. Em suma, não foram observadas diferenças expressivas entre os métodos de extração na caracterização e estabilidade das nanoemulsões desenvolvidas, bem como na citotoxicidade e na migração de células HaCat e FGH. Em relação aos macrófagos, observou-se diferenças entre os métodos de extração e citotoxicidade apenas na maior concentração avaliada (1000 µg/mL / 24 h). O presente estudo apresenta caráter transversal, reunindo desenvolvimento, avaliação biológica e potencial translacional de nanoemulsões a base de óleo de pequi, o que reforça sua relevância na agregação de valor a compostos da biodiversidade brasileira e direciona futuras investigações sobre seus mecanismos moleculares e aplicações terapêuticas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA OLIVIA DE SOUZA
Externo à Instituição - FRANCISCO HUMBERTO XAVIER JÚNIOR - UFPB
Presidente - 1949262 - GRAZIELLA ANSELMO JOANITTI
Interna - 2220195 - MONICA PEREIRA GARCIA
Notícia cadastrada em: 07/10/2025 08:13
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