QUALIDADE DA ÁGUA, DISTRIBUIÇÃO E FATOR DE ACUMULAÇÃO DO MERCÚRIO NOS SOLOS E CAPARTIMENTO AQUÁTICO NO BIOMA CERRADO
Bioacumulação; Cerrado; Mercúrio (Hg); Qualidade da água; Solos.
O mercúrio (Hg) é um poluente global de grande preocupação ambiental. Na forma gasosa (Hg⁰), pode permanecer na atmosfera por até um ano, dispersando-se globalmente. Sua oxidação resulta em mercúrio reativo (Hg²⁺), que é depositado na superfície terrestre por precipitação, contaminando ecossistemas aquáticos e convertendo-se em metilmercúrio, uma neurotoxina que se bioacumula na cadeia alimentar, representando riscos à saúde humana. A Convenção de Minamata, adotada em 2013, estabeleceu diretrizes globais para controlar as emissões e reduzir o uso de mercúrio, por isso a importância de estudos para conhecer a dinâmica e a bioacumulação do Hg no meio ambiente. No Brasil, a contaminação por mercúrio é significativa, especialmente na Amazônia, devido à mineração de ouro, e em outras regiões, por atividades industriais. Todavia, ainda há poucos estudos sobre a dinâmica e a bioacumulação do Hg no Cerrado brasileiro, um bioma rico em biodiversidade, mas ameaçado pelo desmatamento, expansão urbana e agrícola. Este trabalho irá focar na região do Parque Estadual de Terra Ronca (PETeR), local que abriga importante patrimônio espeleológico. Seus rios e riachos são contribuintes da bacia hidrográfica do Araguaia-Tocantins. Nesse sentido, o objetivo geral deste estudo é avaliar a qualidade da água e determinar a concentração e a bioacumulação do Hg em solos, sedimentos e água. Assim, a dissertação será composta por dois capítulos: o primeiro capítulo avaliou a qualidade da água com base no Índice de Qualidade da Água (IQA). O segundo capítulo centralizou na concentração e distribuição do Hg no solo e na água, utilizando o fator de bioacumulação (BAF) para avaliar a biomagnificação do Hg nesses compartimentos.