Banca de DEFESA: THAYNARA DE CASTRO COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THAYNARA DE CASTRO COSTA
DATA : 07/12/2023
HORA: 14:00
LOCAL: PPGA
TÍTULO:

O que explica a existência de instituições pró-mulheres em municípios brasileiros?


PALAVRAS-CHAVES:

Violência contra mulher; instituições pró-mulheres, indicadores de violência contra mulher; teoria feminista; teoria da escolha racional; teoria da representação política


PÁGINAS: 74
RESUMO:

A violência contra mulher é uma questão de saúde pública que possui raízes históricas, sociais e transcende a localidade e as questões macroestruturais. Em relação ao Brasil, 699 mulheres foram vítimas de feminicídio durante o primeiro semestre de 2022, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por dia no país (Bueno et al., 2022). A Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, foi instituída no Brasil como um instrumento legal que visa coibir essa violência. A partir dessa lei, foram criadas diversas instituições pró-mulheres (IPMs), conforme denominação de Gomes e Avellaneda (2021). Entretanto, mesmo com a criação dessas instituições, os casos de ações violentas ainda persistem nas cidades brasileiras. Trata-se de um paradoxo, que contrapõe os altos índices de violência de gênero no país mesmo com a existência de uma legislação avançada e de instituições pró-mulheres (Ferreira e Moraes, 2020). Dada essa realidade, essa pesquisa se propôs a identificar quais os fatores que explicam a existência de IPMs em municípios brasileiros. A análise foi realizada por meio de um estudo empírico quantitativo, com o desenvolvimento de um modelo preditivo, envolvendo um conjunto de variáveis antecedentes que buscam explicar a existência das instituições pró-mulheres (variáveis dependentes). Ou seja, o estudo buscou identificar se os fatores que sustentam a teoria da representação política, a teoria da escolha racional e a teoria feminista (variáveis independentes) explicam a existência das IPMs nos municípios estudados. Os resultados indicaram suporte à teoria da escolha racional e à teoria feminista, sendo que municípios com mais registros de violência contra mulher e com mulheres com melhores condições econômicas e sociais têm mais chance de possuir IPMs. Já os modelos desenvolvidos para a hipótese de representação política não se sustentaram, sendo que a existência de vereadoras e prefeitas mulheres não parece estar relacionada com a existência de instituições pró-mulheres nos municípios analisados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2518430 - ADALMIR DE OLIVEIRA GOMES
Externa ao Programa - ***.218.828-** - AMALIA RAQUEL PEREZ-NEBRA - UnB
Externo à Instituição - FABRICIO CASTAGNA LUNARDI - ENFAM
Interno - 3202199 - TOMAS DE AQUINO GUIMARAES
Notícia cadastrada em: 01/12/2023 15:35
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