INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E ECONOMIA CIRCULAR: Uma análise econômica dos elos necessários.
inovação tecnológica; economia circular; avaliação financeira e econômica
A economia circular é uma proposta de gestão de resíduos sólidos baseado no conceito dos “3Rs” - reduzir, reutilizar e reciclar- e que potencialmente oferece benefícios significativos às empresas e às instituições que a adotam. Além de ser mais sustentável que o modelo linear, baseado em produzir, consumir e descartar, a implementação do modelo circular pode impulsionar a inovação e competitividade. A economia circular pode ajudar a reduzir o desperdício de recursos, aumentar a eficiência no uso de matérias-primas e reduzir os custos de produção. Além disso, pode abrir novas oportunidades de negócios, como a venda de serviços em vez de produtos, e a criação de novos subprodutos e coprodutos No entanto, a implementação da economia circular enfrenta desafios, inclusive de inovações tecnológicas que precisam ser superados para que essa abordagem possa ser amplamente adotada. Ao responder à pergunta de pesquisa "os elos entre inovação tecnológica e economia circular são viáveis de uma perspectiva financeira/privada, ou eles são viáveis apenas de uma perspectiva econômica/social/ambiental?", identifica-se que os custos financeiros da transição para essa nova forma de atividade produtiva são superiores aos ganhos financeiros obtidos pelos agentes de mercado. Não obstante, essa alternativa pode trazer benefícios financeiros significativos a longo prazo. A partir de um levantamento bibliográfico e documental, foram identificados e analisados diversos estudos que apontaram a Europa e a Ásia -em especial a China- como grandes fomentadores na promoção da economia circular. No Brasil também há iniciativas para promover a economia circular em diferentes setores. Dedica-se especial atenção à realidade da Universidade de Brasília (UnB) em incorporar essa alternativa de gestão. Não obstante, a implementação da economia circular no Brasil enfrenta desafios como falta de conhecimento, incentivos, regulamentações e investimentos. A UnB enfrenta desafios similares e essas dificuldades são especialmente preocupantes, uma vez que a universidade é um agente indutor de relações entre empresas e governo para promover a produção de novos conhecimentos, tecnologias inovadoras e o desenvolvimento econômico.