ENTRE PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES DO PAPEL DO SOCIOEDUCADOR: OS VESTÍGIOS DO VÍNCULO INSTITUÍDO (BRASÍLIA, 2017-2022)
Vínculos; Adolescentes; Socioeducação; Gerências de Atendimento em Meio Aberto; Distrito Federal
Este estudo se propõe a relacionar os vínculos instituídos e sua consistência, ou não, entre adolescentes e socioeducadores, ao longo das práticas empreendidas no sistema socioeducativo, em meio aberto, no Distrito Federal. A metodologia adotada, foi de cunho qualitativo, com pesquisa documental e com o auxílio de questionário como recurso para coleta de dados, que foi direcionado aos agentes e especialistas das Gerências de Atendimento em Meio Aberto do Distrito Federal. Considerando as demarcações dos estudos sobre o vínculo, oriundos da Psicologia, da Pedagogia e da Sociologia, pontua-se que a vinculação ocorre desde a mais tenra idade. Todavia, também é possível constatar na leitura de estudos da área de políticas e socioeducação, que o estereótipo social dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa contribui para a cristalização de estigmas que fortalecem a marginalização e a continuidade de um sistema orientado para a punição e a exclusão. De modo sistematizado, a análise das respostas ao questionário permite indicar que alguns dos profissionais da socioeducação focam sua atenção e atuação no processo formal de atendimento e outros encontram sentido na construção de vínculos desde o primeiro contato com o adolescente na unidade. Palavras como :respeito, empatia, acolhimento, escuta qualificada, identificação de singularidades, foram apontadas na relação com as práticas que confirmam a criação de vínculo com o jovem em atendimento socioeducativo