Banca de DEFESA: LEONARDO DE SOUZA LOURENÇO CARVALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEONARDO DE SOUZA LOURENÇO CARVALHO
DATA : 26/06/2024
HORA: 14:00
LOCAL: plataforma google meet
TÍTULO:

Análise da Mortalidade por Dengue Associada às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2010-2022


PALAVRAS-CHAVES:

Mortalidade; Dengue; Doenças Crônicas não Transmissíveis


PÁGINAS: 1000
RESUMO:

Introdução: A dengue é um grave problema de saúde pública, especialmente nas Américas e no Brasil, onde a mortalidade tem aumentado. Em 2019, foram registrados 3,1 milhões de casos nas Américas e cerca de 2.000 óbitos no Brasil entre 2019 e 2022. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), foram responsáveis por 54,7% dos óbitos no Brasil em 2019. Estudos indicam que a coexistência de dengue e DCNT’s agrava a condição dos pacientes, aumentando a hospitalização e mortalidade, especialmente em idosos. Poucos estudos abordam a relação entre dengue grave e DCNT’s, mas especialistas alertam para a vulnerabilidade de pessoas com comorbidades. Esta pesquisa visa identificar os aspectos da mortalidade por dengue associada a DCNT’s usando dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) de 2010 a 2022. Metodologia: Se trata de um estudo descritivo quantitativo, focado em avaliar a mortalidade por dengue associada a quatro principais doenças crônicas (neoplasias, diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias) no Brasil entre 2010 e 2022. Utilizouse dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) disponíveis no Portal DataSUS. Foram analisados os óbitos registrados no período, considerando as doenças crônicas como causas múltiplas associadas ao óbito por dengue. Os dados foram extraídos, tabulados e analisados para calcular proporções e taxas de mortalidade, além do coeficiente de correlação entre óbitos por dengue e DCNT’s, utilizando o método do coeficiente de correlação de Pearson. O estudo utilizou dados secundários de domínio público, dispensando a necessidade de aprovação do conselho de ética. A análise incluiu variáveis como sexo, faixa etária, raça e localidade, filtrando causas de óbito conforme a Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Os resultados foram estruturados em tabelas e gráficos no software Excel, permitindo a identificação de padrões e correlações entre dengue e DCNT. Resultados: Entre 2011 e 2022, os óbitos por dengue no Brasil oscilaram significativamente, com um pico de 930 mortes em 2015 e uma baixa de 210 em 2017, atingindo 1279 óbitos em 2022. Os casos em que DCNT foram identificadas como causa múltipla também variaram, alcançando 784 casos em 2015 e 192 em 2017, com um máximo de 1168 em 2022. A análise revelou que a proporção de óbitos por dengue associados a DCNT’s aumentou de 60,9% em 2011 para 91,3% em 2022, indicando uma crescente relação entre dengue e DCNT’s. As taxas de mortalidade por dengue e por dengue associada a DCNT’s mostraram padrões semelhantes, com ambas atingindo picos em 2022. A análise por sexo, faixa etária e unidade federativa destacou que homens apresentaram taxas de mortalidade ligeiramente superiores às mulheres, e a mortalidade aumentou significativamente com a idade, especialmente entre aqueles com mais de 70 anos. As regiões do centro-oeste, como Mato Grosso do Sul e Goiás, tiveram as maiores taxas. Diferenças raciais também foram observadas, com variabilidades significativas nas proporções de óbitos entre populações brancas e pretas/pardas, destacando a necessidade de melhorar a notificação de dados raciais e de adaptar estratégias de saúde pública às especificidades regionais e demográficas. Conclusão: O cenário da mortalidade por dengue associada a DCNT’s ressalta a gravidade do problema e a necessidade de uma abordagem integrada para prevenção e tratamento, considerando fatores de risco que agravam o óbito. Os resultados apresentados incentivam a revisão das políticas públicas de saúde para incluir estratégias focadas na relação entre causas base e múltiplas de mortalidade, orientando o manejo dessas condições. A escassez de evidências científicas sobre mortalidade por causas múltiplas destaca a necessidade de mais pesquisas, especialmente considerando a crescente prevalência de DCNT’s na população idosa e as dificuldades específicas enfrentadas pela população negra. Espera-se que esta pesquisa contribua para a análise da mortalidade por múltiplas causas e futuras políticas de saúde no Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA CLAUDIA MORAIS GODOY FIGUEIREDO - FEPECS
Presidente - 1701960 - ANA VALERIA MACHADO MENDONCA
Externo ao Programa - 3343228 - RODRIGO GURGEL GONCALVES - nullInterno - 1961891 - WILDO NAVEGANTES DE ARAUJO
Notícia cadastrada em: 19/06/2024 11:13
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - app30_Prod.sigaa24