Mediação docente da Educação Física escolar com alunas autistas de classes especiais numa escola pública do Distrito Federal
Mediação docente. Experiências de Aprendizagem Mediada (EAM). Psicomotricidade. Educação Física especial. Educação Física em classes especiais. Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em uma escola pública de Anos Iniciais do DF, o contexto de uma classe especial para duas alunas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), de 17 e 18 anos de idade, desafiou uma professora de Educação Física a construir estratégias pedagógicas efetivas para aprendizagem de suas estudantes. A fim de superar este desafio, apostou-se na mediação docente como possibilidade de favorecer o desenvolvimento de habilidades sociais das alunas com TEA. Trata-se de uma pesquisa pedagógica qualitativa, cujo objetivo é analisar e discutir as possibilidades e os limites de uma ação educativa, presumindo, portanto, a criação de proposta interventiva. Assim, a metodologia do estudo compreende o diagnóstico, o planejamento e a execução de uma Unidade Didática para o atendimento a duas alunas com TEA, com necessidade de apoio muito substancial, baseada nos postulados da teoria das Experiências de Aprendizagem Mediada (EAM), de Feuerstein, e da psicomotricidade. A investigação da pesquisa ocorre a partir dos registros no diário de classe, onde são descritas as experiências de aprendizagem mediada consideradas relevantes para a análise da mediação docente entre professora e alunas com TEA. Acreditamos no processo cultural de desenvolvimento por meio de práticas corporais significadas intencionalmente através da mediação docente. Dessa forma, pretende-se contribuir para reflexão sobre as possibilidades de novas propostas de
mediação docente para a Educação Física escolar no atendimento a classes especiais com alunos com TEA.