A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO NO COMPORTAMENTO DE ENCADEAMENTO DE VIAGEM EM UMA CIDADE LATINO-AMERICANA
Ambiente construído; Encadeamneto de viagens; Escolha de modo; Comportamento de viagem
As pessoas raramente viajam apenas para se locomover, mas para atender às suas necessidades. Nesse sentido, os modelos de viagens simples, amplamente utilizados em planos de transporte, não representam totalmente a realidade. Uma alternativa para melhorar o entendimento desse problema é o uso de modelos de encadeamentos de viagens. Existe um interesse em determinar quais variáveis são significativas para modelar o encadeamento de viagens e, portanto, a escolha do modo. Um conjunto comum de variáveis utilizadas em modelos de comportamento de viagem é o ambiente construído, que os efeitos na escolha do modo já são compreendidos. No entanto, apesar dos esforços, os pesquisadores ainda têm que chegar a um acordo sobre os efeitos do uso do solo na cadeia de viagens. Assim, esse estudo tem como objetivo compreender a influência do ambiente construído em dois aspectos do comportamento de viagem: complexidade de encadeamento de viagens e escolha de modo em diferentes segmentos da população. Com os dados da Pesquisa de Mobilidade Urbana do Distrito Federal, foram formados seis grupos, três classes de renda divididas entre trabalhadores e não trabalhadores, resultando em um total de 30.871 viagens. Devido à natureza diferente dos dados, o comportamento de encadeamento de viagens foi modelado através de um modelo de logit ordenado e escolha de modo modelado através de um modelo de logit multinomial. Os resultados mostraram que o ambiente construído teve um efeito sobre o encadeamento de viagens, mas que diferentes classes são afetadas por diferentes variáveis. A diferença na renda média do destino de uma pessoa e sua casa é significativa entre as populações estudadas, indicando que o processo de encadeamento de viagens pode ser sensato para o quanto se pode pagar em uma região. Os resultados da escolha do modo mostraram que passeios com mais paradas tinham maior probabilidade de usar o carro em excesso de trânsito, mas não teve efeitos significativos na escolha de um modo ativo em vez de carro. Analisando ambos os resultados, a pesquisa conclui que grandes cadeias de viagens podem não estar apenas no domínio das viagens motorizadas.