MODELO DO COMPORTAMENTO DE RISCO DO PEDESTRE NA TRAVESSIA DE RODOVIAS INSERIDAS EM ÁREAS URBANIZADAS
Segurança Viária, Teoria do comportamento planejado, travessia de pedestre em rodovia
No ambiente rodoviário, onde a presença de veículos de carga e as velocidades praticadas são mais elevadas, a vulnerabilidade do pedestre torna-se mais acentuada. Com o objetivo de aprimorar a compreensão sobre o comportamento de risco dos pedestres, esta pesquisa teve como finalidade desenvolver e avaliar um modelo conceitual para explicar o comportamento de risco do pedestre na travessia de trechos de rodovia inseridos em áreas urbanizadas e dotados de passarelas. Embora existam estudos que abordam o comportamento de travessia dos pedestres com base na Teoria do Comportamento Planejado (TCP), o presente estudo integrou a TCP com outras teorias, para ampliar a compreensão sobre as variáveis que influenciam o comportamento de risco dos pedestres.
O modelo conceitual, denominado Modelo do Comportamento de Risco do Pedestre em Travessia (MCRPT), foi desenvolvido a partir da integração de variáveis da Teoria do Comportamento Planejado (TCP), da Teoria da Motivação à Proteção (TMP) e da Tendência de Conformidade Social. A pesquisa investigou os preditores do comportamento de risco dos pedestres por meio da comparação entre dois modelos: o modelo básico da TCP e o MCRPT. O estudo foi realizado em rodovias do Distrito Federal, nas rodovias DF-001 (EPCT - trecho Pistão Sul), DF-075 (EPNB) e DF-095 (EPCL), todas com passarelas. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários aplicados a pedestres, seguidos de análises estatísticas, utilizando a Análise Fatorial Confirmatória (AFC) e a Modelagem de Equações Estruturais (MEE), para testar a adequação do modelo proposto.
Os resultados da comparação dos modelos mostraram que o MCRPT se ajustou melhor e apresentou uma melhor explicação para o comportamento de risco dos pedestres. O controle comportamental percebido foi identificado como um preditor significativo da intenção e a tendência de conformidade social influenciou o comportamento de risco dos pedestres. A experiência como motorista também influenciou a intenção dos pedestres, levando-os a realizar travessia em situações de risco nas rodovias.