MODELO PARA ESTIMATIVA DO CRESCIMENTO DA FROTA DE VEÍCULOS LEVES E IMPACTOS DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS NAS EMISSÕES DE CO2
Veículos Elétricos; Frota de Veículos Brasileira; Matriz Energética Brasileira; Consumo Energético; Emissões de CO2
O presente estudo explora a transição para a mobilidade elétrica no Brasil, com foco no impacto da expansão da frota de veículos elétricos sobre as emissões de CO2 e nas perspectivas para o setor de transportes sustentáveis. A pesquisa foi fundamentada inicialmente por meio de uma revisão abrangente da literatura e posteriormente na aplicação de uma metodologia rigorosa, que incluiu estudo experimental, modelagem matemática, análise de cenários e validação dos resultados. Como parte do estudo experimental, foi conduzido um levantamento de dados em condições reais de trânsito na capital federal brasileira, Brasília, com um veículo de motor a combustão interna abastecido com gasolina e etanol, um veículo híbrido a gasolina e um veículo elétrico a bateria. O intuído do estudo experimental foi caracterizar e avaliar os ciclos de conduções reais, com medições de velocidades, consumos de combustível e emissões de CO2. Os resultados numéricos do modelo adotado, suportado pelos dados experimentais, revelam que a adoção de veículos elétricos tem o potencial de reduzir significativamente as emissões de CO2, especialmente quando associada a uma matriz energética cada vez mais dependente de fontes renováveis. Para um cenário menos otimista da frota, composta apenas com veículos a gasolina, obteve-se um total de emissões de 9 milhões de toneladas de CO2 para o ano de 2050, enquanto que para um cenário excessivamente otimista, composto por uma frota apenas de veículos elétricos a bateria, as emissões alcançam 720 mil toneladas de CO2, podendo ainda ser reduzida para 366 mil toneladas de CO2 com a utilização de uma frota veicular composta de 50% de veículos híbridos movidos a etanol e de 50% de veículos elétricos. O estudo conclui que, para maximizar os benefícios da mobilidade elétrica, é crucial um planejamento energético integrado e políticas públicas consistentes que incentivem a adoção de tecnologias limpas. Em suma, oferece uma contribuição significativa para o entendimento da mobilidade elétrica no Brasil e pode influenciar tanto a formulação de políticas públicas quanto as estratégias do setor industrial.