ANÁLISE NUMÉRICA DO COMPORTAMENTO PÓS PUNCIONAMENTO E COLAPSO PROGRESSIVO EM EDIFÍCIOS EM LAJE LISA DE CONCRETO ARMADO
Pós Punção. Lajes lisas. Colapso Progressivo. Linhas de Ruptura.
Após a ruptura por punção em uma ligação laje-pilar, a possibilidade da ocorrência de colapso progressivo em quatro edificações em concreto armado foi analisada usando o software de análise estrutural SAP2000 considerando o Método dos Elementos Finitos e o programa computacional de projetos estruturais Eberick. Foi verificado também a capacidade de flexão do pavimento usando o Método das Linhas de Ruptura, considerando a contribuição das armaduras na laje e a presença de um dano local.
Considerando a perda de um apoio, existe uma redistribuição de reações nos pilares da estrutura, e uma nova verificação ao puncionamento foi realizada nas ligações mais sobrecarregadas conforme as normas NBR 6118:2014, EUROCODE 2:2004 e ACI 318:2019. Nesse estudo, as ligações danificadas apresentam resistência residual nula ou parcial.
Uma armadura de proteção contra o colapso progressivo bem ancorada foi prevista na parte inferior dos apoios para resistir as inversões de esforços depois de um dano local, garantir uma resistência residual parcial e tentar evitar o surgimento de novas rupturas e acidentes com perdas de inúmeras vidas. Áreas de aço das armaduras contra o colapso progressivo foram calculadas e comparadas de acordo com as normas NBR 6118:2014, GSA:2013 e CEB:2010 e se verificou a norma mais conservadora.
Considerando a presença de armadura contra o colapso progressivo e ruptura por punção na ligação P6 existente no primeiro exemplo, a norma ACI 318 e NBR 6118 indicam que as ligações mais sobrecarregadas não rompem e conseguem suportar o novo cenário de redistribuição de carregamentos. Na segunda construção, admitindo a ruptura por punção completa em P16, novos danos não se propagam na estrutura de acordo com as três normas. No terceiro e quarto exemplo, a estrutura é muito suscetível ao colapso progressivo conforme a norma EUROCODE, pois a ruptura por punção se propagou nas ligações mais solicitadas.
Após a ruptura por punção de uma ligação laje-pilar na primeira e quarta edificação, a laje lisa não apresenta resistência satisfatória de flexão pois a carga de colapso foi menor que a carga prevista para atuar no pavimento conforme o Método das Linhas de Ruptura.