AVALIAÇÃO DE FISSURAS EM FACHADAS DE ARGAMASSA COM O EMPREGO DE TERMOGRAFIA
Fissura; Argamassa; Fachada; Termografia; Delta-T; Dano
A fissuração é a anomalia de maior ocorrência nos revestimentos de argamassa, pois está associada a uma maior quantidade de causas possíveis. As fissuras podem ser investigadas por termografia de infravermelho, pois defeitos em uma superfície apresentam temperaturas diferentes em relação a região sem defeito. A temperatura dos defeitos observados por termografia é dependente da dimensão da fissura, indicando que para cada dimensão de fissura há uma temperatura diferente observada no termograma. Devido as fissuras possuírem características referentes a dimensão e forma, avalia-se a possiblidade de classificação do dano das fissuras em função de diferentes largura e profundidades, para diferentes formas de fissura, linear e ramificada, por termografia, durante o aquecimento e resfriamento. Propõe-se a observação da evolução de temperatura, no aquecimento e resfriamento de placas de argamassa com fissuras lineares e ramificadas com diferentes larguras e profundidades, objetivando, identificar, por meio do contraste termográfico Delta-T, as tendências de evolução de Delta-T em função da forma da fissura. As variações de temperatura das placas com fissuras lineares e ramificadas são monitoradas, no aquecimento e resfriamento, por termogramas, onde é estabelecido as tendências de evolução de temperatura e os métodos de investigação para fissuras em revestimentos de argamassa. As condições de investigação e tendências de evolução de Delta-T estabelecidas em laboratório, são comparadas com uma investigação de termografia em campo, identificando se as tendências de Delta-T e método investigativo são observados e possíveis de aplicação. A investigação de termografia, pela aplicação de Delta-T, indica que as fissuras lineares e ramificadas possuem a mesma tendência de evolução, onde o Delta-T das fissuras ramificadas é inferior, em módulo, ao Delta-T das fissuras lineares. O Delta-T, para as fissuras lineares e ramificadas, é máximo, em módulo, no início do aquecimento e resfriamento. Os maiores valores de Delta-T estão associados com maiores dimensões de fissura, onde a largura da fissura possui maior influência nos valores de Delta-T, comparado com a influência da profundidade. As tendências de evolução de Delta-T das fissuras lineares e ramificadas observadas em laboratório, possuem as mesmas tendências de Delta-T das fissuras obtidas na análise de campo, possibilitando empregar a termografia na inspeção de fissuras em argamassa.