Banca de DEFESA: Tatiana Castro Mota

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Tatiana Castro Mota
DATA : 06/08/2024
HORA: 14:30
LOCAL: PPG/FAC
TÍTULO:

A Hora do Xibé: Práticas comunicativas ameríndias, rádio e insurgências na Amazônia brasileira


PALAVRAS-CHAVES:

Comunicação; identidades; neoliberalismo; indígenas; coletividade.


PÁGINAS: 191
RESUMO:

O neoliberalismo caracteriza-se como uma reconfiguração do poder colonial, que traz em sua forma atual o elemento cultural e identitário para a centralidade, recriando novas formas de apagamentos, principalmente se falarmos de povos indígenas. Sabemos que os meios de comunicação constituem espaços estratégicos de produção desses imaginários neoliberais, funcionando como um dos dispositivos sociais que mais estimulam a adaptação cultural de uma nova forma econômica/subjetiva/visceral capitalista. Entretanto, há diversas experiências de subversão da mídia tradicional, que amplificam as vozes dissonantes, abrem espaço para uma comunicação dialógica e constroem circuitos de mídia capazes de engendrar práticas políticas diversas e insurgentes. Diferentemente do foco identitário centrado na ideologia do individualismo, propagada, sobretudo, pela racionalidade neoliberal, ou ainda estabelecida como práticas de individualização, os povos indígenas, a partir de suas bases identitárias, intencionam formas de subjetividades em que o princípio do comum, como prática do bem viber, se anuncia como um dos caminhos para se pensar “outros possíveis” em nossa atualidade. Ou em outros termos, é a partir da cosmopolítica indígena que se torna possível construir alternativas ao cosmocapitalismo. Nesse sentido, esta pesquisa faz uma análise do programa a Hora do Xibé, uma experiência radiofônica em que os indígenas, quilombolas e ribeirinhos do Baixo Tapajós, Oeste do Pará, Amazônia brasileira, elaboram suas próprias práticas comunicativas, dando visibilidade a seus costumes e lutas, afirmando sua identidade étnica, bem como se constituindo enquanto contraponto à racionalidade neoliberal, percebendo assim a construção de coletividades como política de resistência e transformando a comunicação em território demarcado na atual luta dos povos indígenas por seus direitos. ). Destaca-se igualmente que utilizamos o estudo de caso, como estratégia de pesquisa, e como técnica de coleta de dados empíricos fez-se uso das entrevistas individuais e do diário de campo, além das escutas dos próprios programas. Para complementar nosso escopo metodológico, recorremo-nos às pesquisas bibliográficas e documentais.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - Florêncio Almeida Vaz Filho - UFOPA
Externa à Instituição - ANDREA PINHEIRO PAIVA CAVALCANTE - UFC
Interna - 2688226 - FABIOLA ORLANDO CALAZANS MACHADO
Interna - 1889139 - PRISCILA MONTEIRO BORGES
Presidente - 1734642 - TIAGO QUIROGA FAUSTO NETO
Notícia cadastrada em: 18/07/2024 14:11
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - app02.sigaa02