Banca de DEFESA: Sthefane Felipa da Costa Pereira

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Sthefane Felipa da Costa Pereira
DATA : 31/03/2023
HORA: 14:30
LOCAL: PPG/FAC
TÍTULO:

Uma Nova Esperança: (Re)construção de imaginários com indígenas mulheres da Comunidade Indígena Nova Esperança

 


PALAVRAS-CHAVES:

Cinema; Decolonialidade; Gênero; Imaginário; Indígena.


PÁGINAS: 152
RESUMO:

A pesquisa apresentada é uma investigação qualitativa acerca dos imaginários indígenas brasileiros, a fim de compreender quais imaginários os sujeitos indígenas constroem de si. A partir dos conceitos de decolonialidade, gênero e cinema de resistência e amparado na metodologia de análise do discurso de Eni Orlandi e de imaginário de Gilbert Durand, é proposto um novo método de análise de imaginário que abarque as diferentes cosmologias dos povos indígenas do Brasil. Foi elaborado um trabalho de campo na Comunidade Indígena Nova Esperança (AM), onde foi ministrada uma oficina audiovisual para a comunidade e que teve como resultado o documentário “Baré Ukwasá: a sabedoria Baré”, corpus de análise da pesquisa. Por meio da formação dos discursos da cosmologia Baré apresentados no documentário, é feita uma análise dos discursos, compreendendo quais foram as contribuições discursivas para a formação ideológica dos imaginários. Por meio de uma abordagem decolonial, este estudo tenciona por epistemes fora do eixo eurocentrista de saberes do Norte ao evidenciar epistemes do Sul, como Aníbal Quijano e Ramón Grosfoguel, em conjunto com autores indígenas brasileiros, como Braulina Aurora, Gersem Baniwa e Felipe Sotto Cruz. A investigação interpela a importância da perspectiva de gênero para os estudos científicos embasado na visão de Judith Butler, Simone de Beauvoir, Tânia Mara Almeida, entre outras autoras. É revelada a dimensão do cinema como dispositivo cultural de resistência e permanência dos povos originários, questionando o epistemicídio e os silenciamentos discursivos perpetuados pelo colonialismo e impostos a este contingente populacional. A pesquisa propõe novos caminhos epistêmicos para a produção dos saberes ocidentais, partindo do olhar das indígenas mulheres de Nova Esperança, sujeitos duplamente subalternizados na sociedade para, enfim, romper com os silêncios e reconstruir os imaginários indígenas fundamentados pela lógica colonial. Ao expor as práticas de deslegitimação de dominador sobre o dominado e evidenciando a estereotipização do imagético indígena naturalizada no senso comum, é oferecida uma reformulação desta produção de sentidos, possibilitada pelo cinema indígena. Assim, conclui-se que ao dar espaços de fala aos discursos indígenas, os imaginários produzidos se distanciam daqueles produzidos pela hegemonia colonial e expõem modos de vida singulares.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CLARISSA RAQUEL MOTTER DALA SENTA - UCB
Externa ao Programa - 1773700 - DENISE MORAES CAVALCANTE
Presidente - 2688226 - FABIOLA ORLANDO CALAZANS MACHADO
Externa ao Programa - 2079994 - TANIA MARA CAMPOS DE ALMEIDA
Notícia cadastrada em: 16/03/2023 18:27
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