Mulheres que caminham com (medo d) os lobos: Questões de gênero e a real liberdade de ir e vir
Caminhar, flanar, feminismo, insurgência, direito à cidade, interseccionalidade
Esta pesquisa pretende investigar a relação político-estética das mulheres com o espaço urbano do Distrito Federal por meio do ato de caminhar, além de examinar de que forma o caminhar como ato cultural reverbera na capacidade produtiva – intelectual, criativa e artística – das mesmas. A história da flânerie/errância/deriva é feita de homens, por homens, para homens. A problematização do papel da mulher neste espaço vem sendo uma discussão cada vez mais frequente, mas ainda é preciso assegurar e ampliar este lugar, que foi negado ao longo da história às mulheres. A pesquisa busca, ainda, compreender como a insurgência – mecanismo de transgressão despertado pelo mal-estar e pela necessidade de ação – desafia a lógica da apropriação do espaço pelos homens e busca transcender a negação do direito efetivo à cidade, que atinge de forma desigual vivências a partir de gênero, raça e classe.