Título: PREDITORES PSICOSSOCIAIS DE AFASTAMENTO DO TRABALHO
ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE, POR MOTIVO DE DOENÇA FÍSICA OU
PSÍQUICA NÃO DECORRENTE DE INFECÇÃO PELO VÍRUS SARS-COV-2
DURANTE A PANDEMIA COVID-19 NO BRASIL: ESTUDO DE COORTES,
PROSPECTIVO
COVID-19, saúde mental, trabalhadores da saúde
Resumo: INTRODUÇÃO: A pandemia COVID-19 tem afetado drasticamente os
profissionais de saúde, tanto pela infecção aguda e sequelas de longo prazo, quanto pelo adoecimento mental proveniente de um ambiente de trabalho com demanda assistencial muito aumentada e a limitação relativa de recursos disponíveis para fazer frente a essa demanda. OBJETIVOS: Avaliar fatores de risco psicossociais de afastamento do trabalho entre profissionais de saúde, por causas não diretamente relacionadas à infecção pelo SARS-CoV-2 no Brasil. MÉTODO: Estudo de coortes, prospectivo, que tem amostra formada por profissionais de saúde e profissionais de apoio às atividades de saúde da rede EBSERH. Os critérios para inclusão: ser profissional da rede EBSERH e não estar afastado do trabalho no momento da participação na pesquisa no contexto de pandemia COVID-19. Os indivíduos foram recrutados no período de agosto a novembro de 2020 através de e-mail contendo um questionário, composto por dados para caracterização da amostra (idade, sexo, raça, categoria profissional, presença de enfermidades crônicas, presença de fatores de risco para formas graves de COVID-19), além de 5 escalas (DASS21, PHQ9, BRCS, escala de disponibilidade de EPI e escala de autonomia no trabalho) e Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. De acordo com as respostas dos participantes, grupos de exposição e controle foram formados, de forma que os expostos são aqueles indivíduos que mais se afastam da normalidade em suas respostas. Os dados referentes à possíveis absenteísmos no trabalho serão colhidos através do Serviço Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho da rede EBSERH (SOST-ESBERH), considerando o período de 12 semanas após a inclusão dos participantes no trabalho. RESULTADOS PARCIAIS: os preditores psicossociais de adoecimento mental, baixa resiliência, menor idade, percepção de baixa disponibilidade de EPI no local de trabalho e percepção de baixa autonomia no trabalho estão implicados em níveis mais elevados de sintomas ansiosos, depressivos e relacionados ao estresse nos trabalhadores da rede EBSERH.