Efeito da melatonina na otoproteção: Uma revisão sistemática com metanálise
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A melatonina representa uma promissora substância antioxidante capaz de minimizar os efeitos da perda auditiva induzida por ototóxicos. Estudos experimentais tem sido realizados para testar a otoproteção da melatonina. Objetivo: Analisar a metodologia apresentada por estudos primários a respeito da eficácia otoprotetora da melatonina por meio de uma revisão sistemática com metanálise, no sentido de se esclarecer se este hormônio pode ser promissor na prevenção/minimização da ototoxicidade humana.. Métodos: Foram encontrados 154 artigos em quatro bases de dados. A estratégia PICOS (População, Intervenção; Comparação e Desfecho) foi usada para definir os critérios de elegibilidade. Os estudos que atenderam aos critérios de inclusão para a segunda etapa foram incluídos em uma síntese qualitativa e cada tipo de estudo foi analisado com a Critical Appraisal Checklist for Quasi-experimental Studies e a Critical Appraisal Checklist for Randomized Controlled Trials do Joanna Briggs Institute. Resultados: Sete artigos foram selecionados e desses, quatro elegíveis para participar da metanálise. Foi possível obter sete desfechos de acordo com as frequências auditivas em comum apresentadas entre os estudos, considerando o mínimo de três frequências comuns. Os desfechos analisados foram para as frequências de 1500, 2000, 3000, 4000,5000, 6000 e 8000Hz. Conclusão: a melatonina é capaz de proteger contra os efeitos ototóxicos da cisplatina e dos aminoglicosídeos nas frequências 5000Hz, 6000Hz e 8000Hz, minimizando a redução da amplitude das EOADP. O mesmo efeito não foi observado nas frequências mais graves. Apesar do pequeno número de estudos avaliados, os resultados foram consistentes nas frequências mais altas. No entanto, metodologia dos trabalhos disponíveis não cumpriram o rigor metodológico necessário que promove a replicabilidade segura destes estudos