Banca de QUALIFICAÇÃO: André Luiz Araújo Branquinho

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : André Luiz Araújo Branquinho
DATA : 27/11/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Plataforma Teams
TÍTULO:

Estudo multicêntrico observacional em pacientes internados por Sindrome Respiratória Aguda Grave em Unidade de Terapia Intensiva durante a pandemia de COVID-19.


PALAVRAS-CHAVES:

COVID-19; Unidade de Terapia Intensiva; Sindrome Respiratória Aguda Grave


PÁGINAS: 55
RESUMO:

A SARS no Brasil denominada de Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAG). A etiologia da SRAG é bastante ampla, desde etiologias de acometimento primário pulmonar ou secundário a processo extrapulmonar. Podendo ser por infecções bacterianas, vírus e fungos. No Brasil, causa de morte por doenças no aparelho respiratório ocupa entre as cinco primeiras posições no rank. Uma causa importante, emergente e pandêmica de SRAG com evolução é a doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2): COVID-19. De acordo com OMS cerca de 3% a 5% dos pacientes com COVID 19 apresentaram necessidade de leitos em terapia Intensiva e geralmente apresentam internação prolongada. Na média, o tempo de permanência de um paciente em uma UTI no hospital público é em torno de 6,5 dias. No caso do paciente com COVID-19, ele poderá permanecer em média 14 dias. Compreender fatores de risco que contribuem para o desfecho óbito nos pacientes com COVID-19 internados em unidade de terapia intensiva durante a pandemia, bem como compreender os riscos independentes por análise multivariada. Metodologia Os dados foram coletados em quatro hospitais de campanha no Distrito Federal, Brasil, com foco na demografia dos pacientes, resultados clínicos e desfecho. Foram 1584 pacientes internados na UTI, hospitalizados nos Hospitais de Campanha (Hospital de Campanha da Polícia Militar (HCPM), Hospital de Campanha de Santa Maria (HCSM), Hospital de Campanha de Ceilândia (HCC), Hospital Campanha de Base (HCBDF)) durante o período de novembro de 2020 a junho de 2021. As variáveis coletadas consistem em dados demográficos, comorbidades, Simplified Acute Physiology Score (SAPS 3), no momento da admissão na UTI, Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) no momento da admissão na UTI, Índice de Comorbidade de Charlson, Modified Frailty Index (MFI),, uso de recursos e terapia de suporte (vasopressores, ventilação não invasiva, cateter nasal de alto fluxo – CNAF –, ventilação mecânica e oxigenação por membrana extracorpórea – ECMO - extracorporeal membrane oxygenation), durante a internação em UTI, destino após alta hospitalar, tempo de internação em UTI e hospital e mortalidade em UTI e intrahospitalar. Curvas de sobrevivência foram estimadas por Kaplan-Meier e o teste não paramétrico de log-rank foi empregado para atestar a existência de diferença estatisticamente significativas entre as curvas de sobrevida. Considerou-se significativo p < 0,05. A análise estatística consistiu no ajuste de modelos de regressão de Cox com objetivo determinar fatores de riscos demográficos, clínicos e laboratoriais associadas à mortalidade por COVID 19 empregando-se como medida de efeito a razão de risco (HR) e seus respectivos intervalos de confiança. O tempo em dias até a ocorrência do óbito foi considerada a variável dependente. A análise deu-se em duas etapas: bivariada e múltipla, em ambas, razões de risco e seus respectivos intervalos de 95 % de confiança foram calculados. Inicialmente, modelos de regressão de Cox simples foram ajustados para cada variável. Aquelas em que o valor de p foi menor que 0,25 foram incluídos na análise de regressão de Cox múltipla. Procedeu-se posteriormente, ajustes dessas variáveis através de um processo de retirada/inclusão de variáveis (stepwise). Permaneceram no modelo final apenas aquelas variáveis com p < 0,05. No final foram calculadas as razões de riscos (HR) e seus respectivos intervalos de 95 % de confiança. Multicolinearidade entre as variáveis independentes foi avaliada. Considerou como limite da presença de multicolinearidade se o indicador de tolerância assume valores maiores que 0,60. A suposição de riscos proporcionais foi verificada introduzindo-se no modelo variáveis explicativas dependentes no tempo. Considerou-se significativo p < 0,05. As análises foram conduzidas pelo programa SAS 9.4. Resultado parciais A maioria dos pacientes 53,41 % tinham 60 anos ou mais e era composta por 56,44 % do sexo masculino. A grande maioria 70,08 % tiveram sepse e choque, 89,14 % apresentaram baixo risco para comorbidade e 60,80 % apresentavam independência quanto ao estado de saúde. Na admissão 91.22 % apresentavam insuficiência respiratória, 69,81 % precisaram de ventilação mecânica e 20,14 % apresentavam insuficiência renal. 20,60 % eram taquicardíacos e 27,50 % tinham Glasgow na admissão maior que nove. Quanto aos parâmetros laboratoriais na admissão 55,34 % tinham leucocitose, 1,42 % plaquetas menor ou igual a 50 e 10,31 % creatinina maior ou igual a 5. A grande maioria 76,61% tinham paO2 maior que 60 e 40,19 % tinham paCO2 maior que 45. No final do acompanhamento, 63,61 % dos pacientes vieram a óbito. Conclusão/Perspectiva O ajuste da análise bivariada apenas as variáveis gênero, IMC, paO2 na admissão e troca pulmonar apresentaram um p valor > 0,25 e não foram incluídas no modelo multivariado. Do ajuste do modelo de regressão de Cox multivariado, empregando-se o processo stepwise de seleção variáveis, as variáveis idade, vasopressor na admissão, plaquetas na admissão, creatinina na admissão e paCO2 na admissão apresentaram uma associação significativa (p < 0,05) com o tempo até a ocorrência de óbito por COVID e, portanto, considerados fatores de risco para o óbito em pacientes com COVID 19.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.432.421-** - ALEXANDRE ANDERSON DE SOUSA MUNHOZ SOARES - UNICAMP
Externo à Instituição - FABIO FERREIRA AMORIM - ESCS
Interno - ***.583.131-** - LUIZ SÉRGIO FERNANDES DE CARVALHO - UNICAMP
Interno - 2376346 - OTAVIO DE TOLEDO NOBREGA
Notícia cadastrada em: 27/10/2023 14:02
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