Banca de DEFESA: FABIANA FEITOSA CAVALCANTE AMANCIO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FABIANA FEITOSA CAVALCANTE AMANCIO
DATA : 26/03/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma TEAMS
TÍTULO:

TESTE MOLECULAR NA DETECÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM COLO DE ÚTERO DE MULHERES JOVENS NO SUS


PALAVRAS-CHAVES:

IST, HPV, exame citopatológico, colo do útero, teste molecular


PÁGINAS: 60
RESUMO:

No Brasil, os testes moleculares ainda não são rotineiramente utilizados no rastreamento e diagnóstico das ISTs no SUS. A maioria das infecções é assintomática ou apresenta sinais e sintomas que podem ser confundidos com os causados por infecções endógenas. A IST, quando não é diagnosticada, pode ser transmitida para os parceiros e facilitar a infecção por outros agentes de IST mais graves, como HIV e vírus da hepatite B. Além disso, o tratamento empírico de IST, apenas com base em achados clínicos, pode implicar em diagnóstico falso-positivo e em uso desnecessário de antimicrobianos com surgimento de infecções resistentes ao tratamento. O objetivo deste estudo foi avaliar a frequência dos principais agentes de IST curáveis e não curáveis detectáveis em amostras de colo de útero de pacientes jovens atendidas no SUS. Foram incluídas pacientes com idade de 18 a 25 anos que foram submetidas a teste molecular para detecção de HPV e de outros tipos de agentes de IST (Chlamydia trachomatis Mycoplasma genitalium, Vírus Herpes simplex virus 1 e 2, Trichomonas vaginalis, Neisseria gonorrhoeae, Haemophilus ducreyi e Treponema pallidum), a exame citopatológico de colo de útero e a exame clínico. Um total de 300 pacientes foram incluídas. A maioria (52,67%, 158) das pacientes apresentou pelo menos um tipo de IST (infecção por HPV e/ou por outro tipo de agente de IST): 38,33% (115), apenas infecção por HPV; 5,67% (17), apenas infecção por outros tipos de IST; e 8,67% (26) por HPV e por outros agentes de IST. Infecção por pelo menos 1 tipo de HPV foi detectada em 47% (141) do total de pacientes, sendo que, em 32,33% (97) das pacientes pelo menos 1 tipo de HPV de alto risco foi detectado. Do total de pacientes, 20,67% (62) apresentou infecção por apenas HPV de alto risco, 12,66% (38) apenas HPV de baixo risco, 11,67% (35) por ambos os tipos e 2% (6) por genótipos de HPV não determinados. Infecção por múltiplos de HPV foi detectada em 18,67% (56) do total de pacientes. Pelo menos um dos outros tipos de agentes de ISTs foi detectado em 14,33% (43) das pacientes. A frequência dos agentes, detectados no total de pacientes, foi a seguinte: Chlamydia trachomatis em 10,67% (32), Mycoplasma genitalium em 3% (9); Vírus Herpes simplex virus 2 em 1% (3); Trichomonas vaginalis 0,67% (2); Neisseria gonorrhoeae em 0,33% (1). Infecção múltipla por outros tipos de ISTs (por mais de 1 tipo de agente de IST não HPV) foi observada em 1,33% (4) das pacientes. Os agentes Haemophilus ducreyi, Treponema pallidum e Vírus Herpes simplex 1 não foram detectados. Houve associação positiva e significativa de infecção por outros tipos de IST com infecção por HPV de alto risco e com exame citopatológico de colo de útero alterado. O exame citopatológico de colo de útero estava alterado (com atipais celulares) em 42,66% (128). A frequência de pacientes com outros tipos de ISTs com sinais e/ou sintomas sugestivos de IST, com apenas sinais e/ou sintomas ginecológicos inespecíficos e sem sinais e sintomas foi, respectivamente, de 15,78% (3/19), 57,89% (11/19), 26,31%. Não houve associação significativa de infecção por outros tipos de IST com sinais e sintomas ginecológicos inespecíficos ou sugestivos de IST. As ISTs, detectáveis por teste molecular no colo de útero de pacientes jovens atendidas no SUS, são frequentes sendo que 38,67% das pacientes apresentam apenas infecções incuráveis (por HPV e Herpes simplex vírus 2), 5,33% apenas infecções curáveis (por Chlamydia trachomatis, Mycoplasma genitalium, Trichomonas vaginalis e Neisseria gonorrhoeae), e 8,67% infecções incuráveis e curáveis. A frequência de exame citopatológico alterado é elevada em pacientes jovens devido à associação positiva e significativa com as ISTs A ausência de associação positiva e significativa com sinais e sintomas sugestivos ressalta a importância do teste molecular na identificação das ISTs.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2499462 - FABIANA PIRANI CARNEIRO
Externa ao Programa - 466040 - LEONORA MACIEL DE SOUZA VIANNA - nullExterna à Instituição - ROSÂNGELA VIEIRA DE ANDRADE - UCB
Externa ao Programa - 3123142 - SALETE DA SILVA RIOS CHEN - null
Notícia cadastrada em: 18/03/2025 16:17
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