"PREVALENCE OF ENDOMETRIAL THICKENING IN WOMEN ATTENDED AT A
RADIOLOGY CLINIC IN FEDERAL DISTRICT"
endometrial thickening, prevalence, epidemiology
O espessamento endometrial, importante achado ecográfico que acomete o corpo uterino,
constitui causa importante de morbidade em mulheres, de etiologia multicausal, referente desde
a alterações estruturais — que acometem a cavidade uterina — a neoplasia maligna do
endométrio. No entanto, não há registros sobre a prevalência desse achado clínico detectado à
ultrassonografia transvaginal em mulheres no menacme e na menopausa. Além disso, há
controvérsias sobre seus pontos de corte ao longo do ciclo menstrual e no período pós-
menopausa, acima dos quais intervenções adicionais se fazem necessárias, o que torna sua
existência um enigma em seu manejo clínico. O objetivo deste trabalho consiste na distribuição
etária de espessamento endometrial, por meio da ultrassonografia transvaginal, em mulheres
desde a menarca até o período pós-menopausa. Investigou-se se essa taxa é maior em mulheres
com determinados fatores potencialmente de risco, com a finalidade de caracterizar grupos de
saúde e sociodemográficos de maior risco para o aumento da espessura do endométrio. A
prevalência de espessamento endometrial na amostra proposta nesta dissertação foi de 2,85%,
sendo fortemente associada à idade, com variação de frequência estatisticamente significativa,
e, de forma crescente, a cada aumento de faixa etária investigada. Além da idade, o sobrepeso,
a obesidade e a ausência de antecedente pessoal de ooforectomia constituem fatores de risco
associados ao desfecho pesquisado. Não se encontra correlação significativa entre o
espessamento endometrial e os demais fatores de risco investigados. Os resultados são
consistentes com outras investigações que demonstram que a obesidade é fator de risco
modificável de espessamento endometrial. A detecção ultrassonográfica de alterações
endometriais, especialmente em mulheres assintomáticas, constitui, atualmente, ferramenta
diagnóstica inicial de investigação clínica na busca da redução da mortalidade por câncer
endometrial. Com base neste estudo, conclui-se que é conveniente uma avaliação
individualizada das mulheres com espessamento do endométrio, considerando os achados
ecográficos em associação com a idade, outros fatores de risco, e sinais clínicos com o objetivo
de diminuir sua morbimortalidade e melhor orientar seu manejo clínico.