Investigação do perfil metabolômico de pacientes acometidos por COVID-19 leve, COVID-19 grave e pela coinfecção dengue e COVID-19
COVID-19, dengue, coinfecção, metabolômica, assinatura molecular
Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 620 milhões de casos de COVID19 foram confirmados em todo o mundo, incluindo em regiões endêmicas de dengue, o que gerou preocupação quanto ao impacto de coinfecções pelo vírus da dengue (DENV) e o SARS-CoV-2. Desde o início da pandemia de COVID-19, o Brasil registrou mais de 34 milhões de pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 e mais de 2,3 milhões de casos de dengue, com casos de coinfecção já relatados na literatura. Para avaliar como uma coinfecção pode afetar o perfil metabólico de pacientes quando comparada com infecções isoladas por SARS-CoV-2 e DENV, um total de 176 amostras, incluindo casos de COVID-19 leve, COVID-19 grave, dengue e coinfecção e controles saudáveis, foram coletadas em três hospitais públicos do Distrito Federal, Brasil, e submetidas a análise por UHPLC-MS/MS. Os dados brutos obtidos estão atualmente sendo pré-processados utilizando MZmine 3 e a anotação dos compostos será efetuada utilizando bases de dados como GNPS - Global Natural Products Molecular Networking. A partir destas análises, este estudo visa encontrar uma assinatura molecular que possa distinguir entre os grupos acima mencionados com o objetivo de contribuir para o tratamento, cuidados ao paciente e, especialmente, para o diagnóstico diferencial, uma vez que a apresentação clínica da COVID-19 e da dengue pode ser muito semelhante e os testes sorológicos padronizados podem apresentar reatividade cruzada.