Banca de DEFESA: Luiza Gomes Luz Rosa

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Luiza Gomes Luz Rosa
DATA : 30/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Multiuso A
TÍTULO:

Levar a vida com um "bom cuidado": Narrativas e perspectivas sobre sofrimento, pertencimento e tratamento de usuários de drogas atendidos em CAPS AD no DF


PALAVRAS-CHAVES:

Usuários de drogas. Política sobre drogas. Sofrimento. “Bom cuidado". CAPS AD. Distrito Federal.


PÁGINAS: 149
RESUMO:

No contexto da política sobre drogas brasileira, a atenção às pessoas que usam substâncias psicoativas é um campo propício à emergência de tensões e disputas acerca das práticas de tratamento mais adequadas. Orientados pelos princípios norteadores da Rede de Atenção Psicossocial, diversos atores estão envolvidos na produção do cuidado, o que, na prática, passa por diferentes compreensões do fenômeno das drogas. Por outro lado, quem recebe o cuidado é influenciado pelos arranjos de controle moral, biomédico e social ofertados pela política de atenção a usuários de drogas. Interessada nestes arranjos, meu objetivo é refletir como os usuários de drogas percebem o cuidado recebido nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas. A partir de entrevistas com pessoas atendidas em CAPS AD no Distrito Federal, caracterizo as narrativas, perspectivas e entendimentos sobre um “bom cuidado” recebido nessas instituições, com o principal
objetivo de diminuir o sofrimento e recuperar o sentimento de pertença social. Percorrendo um caminho para chegar nessas histórias, apresento um panorama da “questão das drogas” no mundo, especialmente no Brasil, descrevendo a operação do “controle legal”, com o proibicionismo e o encarceramento em massa, que atinge, sobretudo, grupos como jovens, negros e com baixa escolaridade. Ao lado da esfera jurídica, destaco a existência do “controle biomédico”, porta-voz da produção de uma “saúde perfeita” e colaborador para a exclusão social. Em seguida, realizo uma revisão dos principais marcos da política de atenção a usuários de drogas no Brasil, mostrando as ferramentas centrais da ciência do cuidado, norteadas pela compreensão da possibilidade de múltiplas experiências com a droga. É fundamental assumir que, no Brasil, este é um campo de constante disputa e divergências epistemológicas e práticas. Esse aspecto culmina no próprio entendimento que os usuários de drogas constroem sobre si, a substância e seu meio social. Com isso, busco discorrer como o sofrimento é percebido no contexto do uso de drogas e quais as formas definidas para trazer qualidade de vida e sentimento de pertença para pessoas estruturalmente estigmatizadas pela sociedade. Na prática, o que seria um “bom cuidado”? Orientada pelos trabalhos de Annemarie Mol (2008) e de Jeannette Pols (2006), analiso a importância da cidadania, comunicação e relacionamentos para o tratamento nos CAPS AD, pela ótica de quem é atendido no serviço. As histórias narradas mostram que a promoção da saúde e da dignidade social opera com o desafio de respeitar a autonomia do paciente. Dessa forma, o “bom cuidado” valoriza as especificidades de cada trajetória e, por isso, é uma prática de constantes experimentações e ajustes


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA GRETEL ECHAZÚ BÖSCHEMEIER - UFRN
Interno - 1522464 - DANIEL SCHROETER SIMIAO
Externa ao Programa - 1958098 - ERICA QUINAGLIA SILVA - nullInterna - 1652778 - SORAYA RESENDE FLEISCHER
Notícia cadastrada em: 09/08/2024 09:56
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